segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Contos de Natal. E Sofia fugiu de casa na noite de natal!


Contos de Natal.
E Sofia fugiu de casa na noite de natal!

Em algum lugar além do arco-íris bem lá no alto
Tem uma terra que eu ouvi falar Um dia numa canção de ninar

                - Sofia, hora de dormir, não fique emburrada. Amanhã Papai Noel vai deixar muitos presentes para você! – Não quero! Não quero o que pedi vocês não me deram. Diga a Papai Noel que leve tudo de volta! Eu só quero ser uma lobinha e vocês não deixaram. - Zenaide riu e apagou a luz. Sabia que ela ia dormir logo e amanhã com seus presentes seria só sorrisos. – Sofia sentou na cama quando sua mãe saiu. Ela tinha tomado uma decisão. Demorou mas para ela não tinha outra saída – Iria fugir de casa! – Afinal não era mais uma menininha, já ia fazer sete anos e se sentia dona de si. – Vou esperar todos dormirem e eles nunca mais me verão! – O dia estava amanhecendo, Sofia sorria. Ela estava em uma linda estrada cheia de flores, tinha rosas, jasmim, violetas e um perfume maravilhoso. O sol estava nascendo quando ao seu lado apareceu um Coelho, enorme, sorrindo. – Veja Sofia eu também sou um Escoteiro e vou levar você para a terra Maravilhosa onde moram todos os escoteiros!

¶ Em algum lugar além do arco-íris Os céus são azuis
E os sonhos que você ousa sonhar Realmente se realizam ¶.

               Sofia não cabia em si de contente. Ela conhecia os coelhos e sabia que todos eles são bondosos e não ia lhe fazer mal. – Quer um biscoito Sofia? Disse o Coelho. – Como você chama senhor Coelho? – Eu Sofia? Em me chamo Shere Khan, sou da Alcateia dos sonhos. – Sofia sorriu novamente. Começou a comer o biscoito, não estava com fome, mas não ia desapontador o Shere Khan. Na curava daquela linda estradinha ela avistou uma oncinha parda. Ela estava chorando. Sofia se aproximou: - Porque choras Oncinha? Sofia eu me chamo Hathi. Pois é Hathi, veja aqui tudo é lindo, as flores são belas e o céu de um azul sem igual! – Não precisa chorar em um lugar tão bonito! - Você não sabe? Respondeu Hathi. Choro pela sua mãe, pelo seu pai, pelo seu irmãozinho Nequinha, eles sentem falta de você! Estão tristes na casa que você os deixou! – Mas eu vou voltar Oncinha, eu vou voltar um dia, só quero ser lobinha por algum tempo! – O Coelho Shere Khan fingia tristeza, mas ele por dentro sorria. Ele nunca mais iria deixá-la voltar para casa. E os três continuaram na estrada até que avistaram um enorme castelo. Negro, nuvens cinza cobriam seu teto. De vez em quando uma chama de fogo subia aos céus.    


¶ Um dia vou fazer um pedido pra uma estrela E acordar bem além das nuvens
Onde problemas derretem como gotas de limão Acima das chaminés
É lá que você vai me encontrar Em algum lugar além do arco-íris Pássaros azuis voam
Pássaros voam por cima do arco-íris Então por que, por que eu também não posso? ¶

                 Sofia parou assustada. O Coelho  Shere Khan gritou – Não pare, naquele castelo tem chocolate, tem sorvete, tem tudo que gostas e não tem agora! Hathi segurou com a pata o seu ombro. Não vá Sofia, vais encontrar uma feiticeira má, ela vai te prender na masmorra e nunca mais vai sair. O Coelho  Shere Khan respondeu? Não acredita em mim Sofia, afinal sou um protetor dos lobinhos. - Ele mente Sofia, ele não é seu amigo, nunca foi – Disse Hathi. – Sofia viu o castelo mudar, ficou branco como a neve, uma fumacinha com cheiro gostoso de almoço da mamãe saia da chaminé. Sofia foi. – Entrou no castelo. Quis voltar e não pode. Uma mulher magra, com um chapéu cônico na cabeça dava gargalhadas. Obrigado Shere Khan, vamos ter um lauto almoço. – Um clarão se fez. Um enorme leão apareceu. Juba enorme, todos sabiam da sua força. – Nela ninguém tasca! Berrou o leão. Venha comigo Sofia, sou o leão da montanha e amigo do lobo Akelá. Vou te proteger!

 

¶ Um dia vou fazer um pedido pra uma estrela E acordar bem além das nuvens
Onde problemas derretem como gotas de limão Acima das chaminés
É lá que você vai me encontrar Em algum lugar além do arco-íris Pássaros azuis voam
Pássaros voam por cima do arco-íris Então por que, por que eu também não posso? ¶

 

                 O Leão da Montanha pegou Sofia pela mão, deu um enorme urro e saiu do castelo levando Sofia e a Oncinha Hathi. Estava escurecendo, ela não viu mais o Leão da montanha. Ele tinha partido e não avisou. Hathi a oncinha também não estava ali, agora sozinha na estrada Sofia teve medo. Não havia lua, não havia estrelas, estava tudo escuro. Sofia começou a chorar. Não se sabe de onde milhares de vagalumes começaram a voar em volta de Sofia. Tudo ficou claro. Uma enorme Coruja pousou em seu ombro. – Não chore menininha. Vou levar você para a casa do Duende Cor de Rosa. Lá você poderá dormir e descansar. Tenho certeza que o Duende que se chamava Balu recebeu Sofia com um sorriso. – Vamos comer mocinha, amanhã vou levar você de volta para casa. Não sentes saudades? – Sinto Senhor Balu, mas ando muito triste minha mãe e meu pai não fazem nada do que peço. – Balu olhou nos olhos de Sofia. – Quantos anos tem mocinha? – Sou dona de mim Senhor Balu, já vou fazer sete anos! – Hummm! Pensou o Balu. E seu pai e sua mãe quantos anos têm? Minha mãe tem vinte e oito e meu pai trinta e dois.

¶ Se felizes passarinhos azuis voam Para além do arco-íris Por que, oh por que eu também não posso? E andaremos horas inteiras, sob o sol quente de verão! E pisaremos sobre a poeira que se eleva fina do chão! Longo é o caminho, longo, longo, Mas andaremos sem parar! Duro é o caminho, duro, duro, Cantemos para não cansar! ¶

              - É Sofia, você está ficando velha, veja no espelho e me diga, não está velha demais? – Sofia olhou em um enorme espelho da sala. Ela estava velha, cabelos brancos. – Esta aí não sou eu respondeu Sofia. – É sim disse o Balu. É você mesmo, afinal você não disse que sabe tudo? Não disse que já é dona da sua vida? Não fugiu de casa pensando que não precisava de ninguém? – Sofia começou a chorar. Chorou tanto que acordou no colo da sua mãe que a beijava. – Não chores meu amor. Sua mãe está aqui! Venha, já amanheceu o dia, vá ver seus presentes e não esqueça o envelope na árvore de natal!- Sofia desceu as escadas correndo. No envelope estava seu maior presente. A autorização para ela ser lobinha. Todos queriam que ela fosse no proximo sábado. – Sofia correu e pulou no colo do seu pai que sorria, sua mãe veio e os três ficaram abraçados e Sofia agradecendo seus sonhos. No alto da escada ela viu com muito amor o Balu, a Bagheera e Hathi. Todos sorriam para ela!

¶ E se os espinhos cortam a estrada E se o cansaço nos ferir, Que nossa voz se eleve mais forte, Pra mais alegria sentir! Longo é o caminho, longo, longo, Mas andaremos sem parar! Duro é o caminho, duro, duro, Cantemos para não cansar! 
E se a estrada é longa, imensa, Não poderemos esquecer, Que ela nos leva à luz, alegria, Verdade e ideal de viver! Longo é o caminho, longo, longo, Mas andaremos sem parar! Duro é o caminho, duro, duro, Cantemos para não cansar! ¶

 


Toda letra aqui descrita é  da canção  - 'Over the Rainbow' do filme O Mágico de Oz!

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