domingo, 6 de maio de 2018

Da varanda para ao redor da fogueira. Sonhos de uma noite de outono.



Da varanda para ao redor da fogueira.
Sonhos de uma noite de outono.

- Depois de um domingo sem ter o que fazer, há não ser escrever o que a maioria dos meus leitores não gosta, pois quando atiro para todos os lados eles se esquivam e nada comentam... E eu fico pensando: - Por quê? Receio de que? Bem não vamos voltar a matraquear o que já foi dito. A tarde chegou e hora de ir para minha varanda e mudar meu pensamento para os tempos de moço e sentir as saudades que ficaram lá atrás.

- Hoje me lembrei de uma frase. Tem frases que marcam por uma vida. Tem poemas que ficam na história. Tem uns simples que a gente nunca esquece. Uma amiga escreveu: - Veja o que estou precisando: - Viajar, cair no mundo, me mandar... Por o pé na estrada. Nossa! Deu-me um aperto no coração. Estava precisando disto também, mas não posso mais. Quando bate saudades e desejos impossíveis fecho os olhos e deixo meu pensamento voar nas asas da minha imaginação. Volto ao passado como um pássaro alado a escrever no céu o que um dia fez acontecer.

- Não é assim? Afinal se não puder fazer tudo, faça o que puder.  E então as palavras de saudades voltam a acontecer. Anotei até a hora de ir para meu quartinho encantado, escrever juntar as lembranças dela com as minhas. Eu sempre disse a mim mesmo, quando algo bom faça você lembrar, temos três escolhas para decidir: - Deixar isso definir você, deixar isto destruir você ou fazer isto para te fazer mais feliz! 

- Bom demais partir sem destino. Como se o tempo não existisse e a vida fosse uma luz em um túnel do tempo que me levasse a qualquer lugar.  Uma mochila as costas, um bornal no costado, meu inseparável bastão, meu amigo o cantil e minha faca escoteira e pegar uma estrada sem fim, um sol poente se escondendo para a lua cheia chegar. Estrelas no céu, assoviar pelo caminho, passadas simples sem pressa para vencer a jornada que não tem destino. Ouvir os pássaros noturnos no seu cantarolar.

- Uma clareira, uma pequena fogueira uma coruja a croquear. Insetos noturnos sapecando sons imperdíveis, vagalumes piscando luzes de amor. Sem tempo de partir, sem horário a cumprir. Uma cascata ao lado, fazendo sons miraculosos como se fosse uma orquestra de cordas desafiando os sons da madrugada. Quisera eu ter uma varinha de condão, me elevar no ar, tocar uma nuvem alva que passa e sorri para mim. Sentir o vento soprar com mais força e me deixar levar como uma pipa encantada procurando algum lugar lá... No céu!

Pensamentos abstratos, desejos impossíveis que vagueiam no tempo, nada mais nada menos que sonhos que partem na velocidade do pensamento de um Velho Escoteiro que sabe que seu tempo passou. Hoje? Hoje é sorrir, lembrar, sentir saudades e esperar quem sabe uma nova vida para tudo de novo recomeçar... Afinal a vida não é um recomeço?

Hora de dormir. Minha mente vagueia por caminhos floridos e outros que procuro evitar. São moinhos de vento trazidos pelo outono que nem frio nem quente deixa a gente pensativo, despreocupado remansado na labuta de um dia que ficou no passado. Amanhã é segunda depois vem terça, quarta quinta e sexta. Velhos Escoteiros vão contando os dias sem saber quantos ainda passarão. Olho para o céu... Um pouco frio é hora de mentalizar minhas orações... Que faço... Para você e prá mim...

Um feliz Boa noite cheio de paz e amor meus queridos amigos e irmãos de ideal!

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Era uma vez... Em uma montanha bem perto do céu...

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