segunda-feira, 16 de julho de 2018

Contos de fogo de conselho. “Nicodemos”.



Contos de fogo de conselho.
“Nicodemos”.

                    Escolheu ir pela Rua do Ouvidor. Poderia ter ido pela Alameda dos Bonfins. Suas escolhas não tinham uma explicação lógica. Apenas um menino a perambular pela Rua indo em uma direção já escolhida. No quarteirão do Colégio Santo Antônio parou. Viu o enorme portão de ferro aberto. Foi até lá. Viu uns quinze meninos em circulo hasteando uma bandeira. Achou interessante. Entrou e se aproximou.  Achou bonito a bandeira subir, pois ventava e ela se abria totalmente.

                    Viu Conrado amigo de escola na frente de dois meninos. Ele segurava um bastão com uma bandeira com desenho de um bicho. Os dois professores que comandavam fizeram uma brincadeira que ele não entendeu bem. Afinal tinha meninos menores e maiores. Claro que os maiores iriam ganhar.

                      No final da brincadeira eles ficaram em pé e o professor deu uma aula que ele não sabia de que era. Quem sabe era matemática, pois ninguém gostava desta matéria e todos quase dormiam sem ouvir. Saiu pelo portão como entrou. Seguiu pela Rua do Ouvidor até o Escadão das Flores. Ele sabia que seus amigos estavam lá. Gostava de ir, um bom papo conversas proibidas ele ria a beça quando um dizia ter beijado a namorada.

                     Olhou no relógio. Esqueceu que fora roubado por uns moleques do Alto do Boi Bravo. Levaram também seu tênis que não era novo. Esqueceu completamente os meninos que dormiam na aula de matemática.  Pensou em seus sábados a papear no Escadão do Boi Bravo com seus amigos. Sentia-se bem ali. Lá ninguém pensava na aula de matemática. Suspirou fundo, todos estavam lá. Sorriu e pensou que era feliz!

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