quarta-feira, 11 de julho de 2018

Givaldo.



Givaldo.

- Escoteiro, porque este olhar?
Ele não me respondeu. Não disse nada e seguiu para sua patrulha.
Fiquei preocupado. Eu sei que erros podem ser perdoados. Atitudes repensadas. Mas algumas palavras nunca serão esquecidas. Analisei-me, procurei ver porque ele agiu assim. Eu era um Chefe, me considerava um amigo, sempre procurei não decepcionar alguém que seria capaz de fazer tudo por mim.

A verdade é que palavras bonitas se tornam descartáveis perto de atitudes estupidas. – O que tinha dito para ele ficar assim? - Seria por adiar a excursão? Por cancelar o que ele sonhava? Primeiro o encanto. Depois o desencanto. Por fim, cada um pro seu canto. Isto não, eu não podia aceitar.

Ao encerrar as atividades o procurei. Afinal quem quer arruma um jeito, quem não quer arruma uma desculpa. Ele confiou em mim e isto era importante demais. Três palavras difíceis de dizer: inconstitucionalissimamente, paralelepípedo e desculpa.

- Conversamos, ouvi mais do que falei. Ele se levantou e me abraçou. – Desculpa Chefe! Isto derruba qualquer coração. Às vezes o apoio e o conforto que você precisa vêm de onde menos espera. Fui para casa com um sorriso de vitória. Ficamos amigos por muito tempo. Algumas pessoas foram feitas para ficarem em nossa vida, outras para ficar na nossa memória.

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Era uma vez... Em uma montanha bem perto do céu...

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