Teço pensamentos abstratos,
de heróis que não conheci.
Heróis que moram na memória esquecida,
mas que inundam de orgulho
a biografia de uma nação.
Entre batalhas furiosas
e mortes anunciadas,
erguem-se ilustres destemidos
vitoriosos.
No seu sangue,
a história sofrida de quem ousou
ser escudo da raiva esforçada
por vencê-los!
E contrariando prévias derrotas,
saíram vencedores, de forma distinta
em todas as conquistas!
Volto meu pensamento para o passado. A um hiato entre a história e a realidade. Não faz tanto tempo assim, mas existem lacunas que tento completar e não é fácil. Muitos heróis alcançaram a fama, o estrelato mostrando seus pontos fortes e levando uma palavra de esperança de um futuro melhor. Temos aqueles heróis do passado, das grandes pelejas, e eles em tempo algum se compararam aos feitos como Aquiles, o maior defensor de sua cidade. (as Iliadas). Tróia sobreviveu. Foi um fato da história assim como também sobreviveu na mente de todos nós o que se passou com o bravo e valente monitor que nunca será esquecido e sempre lembrado na memória dos escoteiros. Dizem que os heróis surgem em tempos difíceis quando as oportunidades aparecem, outros dizem que os heróis não se fazem, já nascem assim. Não sei se Caio Vianna Martins mudou a história escoteira com suas palavras. Quem o conheceu nunca diria que um dia ele seria um Herói. Poderia ver na história da humanidade, heróis que se fizeram. Dandara no Brasil, quem já ouviu falar? Esposa do Zumbi dos Palmares foi uma guerreira feroz e brava defensora de um quilombo. Maria Quitéria disfarçou-se de homem para lutar na guerra da independência brasileira. Aracy de Carvalho Guimarães Rosa, única brasileira homenageada no Museu do Holocausto. Quem por acaso já ouviu falar delas? Ou de Heitor Villa-Lobos, maestro e compositor famoso, ou Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes? E finalmente Alberto Santos Dumont. Claro todos já leram sobre ele e seus feitos. Esse intróito foi para lembrar-se do nosso herói. Brasileiro e escoteiro. Não é uma historia cheia de surpresas e sim cheia de valores. Eu aprendi que nós controlamos nossa atitude ou será que é ela quem nos controla? Heróis são as pessoas que fazem o que tem de ser feito, quando tem de ser feito, independende das consequências. Encontrei tudo isto em Caio Vianna Martins. Poderia contar outra, mas Caio percorreu com sua fama os anais da glória, desde os tempos outros até o limiar do nosso século. Falar de Caio Vianna Martins é voltar ao passado. Um passado de glória, de um valente Escoteiro que nunca será olvidado porque está presente em todos os corações escoteiros, todos que um dia fizeram sua promessa. Muitos até hoje discutem sua frase, tão bela, dita em hora tão dificil em sua vida. Nem todos os escoteiros conhecem sua história. Ele se tornou um marco para nós. Não foi um mito e nem uma fantasia como muitos dizem, mas sim um fato, uma realidade e que o transformou em nosso herói! Quando o conheci pela primeira vez, não passava de um jovenzinho magro, raquítico, de um olhar profundo, sem se importar muito com sua aparência. Não diferia dos demais jovens. Brincava, ria e como estudante não era o melhor, mas tambem não era o pior. Lembro quando entrou em minha sala e pomposamente me chamou de senhor professor. Claro, era uma obrigação na época, mas nos seus olhos ví um brilho que somente aqueles que se sobressaem têm. Eu lecionava no Grupo Escolar Visconde do Rio das Velhas. Lá o conheci em meados de 1930. Para dizer a verdade, quem o visse não diria o que ele seria um dia. Com seis anos completados, ainda não tinha idéia dos escoteiros. Na cidade de Matozinhos em Minas Gerais não havia Grupos Escoteiros. E ele é claro nunca pensou que um dia fosse entrar e viver sua maior aventura, que terminou com sua celebre frase e que ficou para sempre gravada na historia escoteira. Ficou poucos anos na escola que lecionava e seus pais mudaram para a capital do estado. Caio se matriculou na escola Barão do Rio Branco e não sei por que ficou alí pouco tempo. Logo se transferiu para o colégio Arnaldo e mais tarde no Afonso Arinos. Dizem que a lenda é feita de mitos e fatos. Na vida juvenil de Caio não existem tantos fatos assim que justifiquem a lenda. Num sábado, Caio resolveu assistir a uma partida de futebol em seu colégio. Viu pela primeira vez e ficou fascinado com a reunião de uma tropa de escoteiros. Nunca tinha visto nada igual. Ficou toda a reunião ali, com os olhos pregados nos jovens escoteiros. Na sua mente só pensava que precisava ser um deles. Tinham belos chapéus, belos uniformes, um lenço no pescoço seguro por um anel de couro, e cada um portava um bastão de madeira. Fizeram jogos, correram, gritaram e o que mais agradou a Caio, o sorriso estampado nos lábios dos escoteiros o tempo todo. Foi para casa e sabia que agora ser escoteiro para ele era ponto de honra. Caio era um obstinado. Tanto falou que seu pai o levou numa tarde de maio e o matriculou. Caio simpatizou logo com seu chefe Clairmont Orlando Gomes. Assim como tambem com o chefe Rubens Amador. Em casa sempre comentava com seus pais como eles eram. Amigos, prontos a ajudar, pareciam irmãos mais velhos do que chefes escoteiros. Gerson Issa Satuf era de outra patrulha. Caio sempre na Patrulha Lôbo. Ele gostava de todos os membros da tropa, mas tinha um carinho especial com sua patrulha. A alcatéia quase não dava as caras, pois suas reuniões eram em horarios diferentes. E quem sabe seja por isso ele nunca soube que ali havia outro lobinho que seria lembrando por muitos e muitos anos por tudo o que aconteceu naquele dia fatídico. Mas vamos falar um pouco de Helio Marcus. Ou melhor, Hélio Marcus de Oliveira Santos. Um lobinho recém admitido amava com todas as forças sua matilha amarela, e um tagarela tanto na escola com os amigos, na alcatéia e em casa com os pais. Hélio tinha nove anos. Fazia mais de um que entrara para os lobinhos. Sorria pouco, mas como falava. Era um entusiasta e sempre era o primeiro a chegar e o ultimo a sair. Um dia durante um jogo do Kim (onde se colocavam na mesa diversos objetos, os lobinhos observavam por minutos e tinha de lembrar pelo menos da metade). Ele se lembrou de todos os vinte e quatro objetos. Todos. Ficaram perplexos. Como perguntou a Akelá. Ninguém soube responder. Nem o próprio Hélio. Em setembro fizeram um acampamento, próximo onde hoje é cidade de Contagem, que faz parte da grande Belo Horizonte. Era um sítio de outro amigo e chefe do grupo. Era também um alto dirigente do escotismo mineiro, um grande escoteiro chamado Francisco Floriano de Paula. Mestre, Reitor e doutor, fez do escotismo mineiro um grande marco na historia da União dos Escoteiros do Brasil. Foi um dos que colaborou na formação da UEB na época dividida em varias federações. Escreveu grandes obras, mas destacamos o Para ser Escoteiro. Uma marco introdutório para os jovens escoteiros iniciantes. O acampamento teve a duração de quatro dias. Os lobinhos ficaram acantonados na casa sede. Os escoteiros a uns 500 metros, próximo a uma pequena mata e um riacho de águas claras e límpidas e que hoje é conhecido por Rio Arruda. Nada a ver com o hoje com o de ontem. À noite fizeram um grande jogo noturno. Duas turmas, cada uma com duas patrulhas. Uma turma ficava na defesa e outra no ataque. (eram 24 escoteiros). Os atacantes tinham de se camuflar de maneira tal que pudessem passar sem ser percebidos em uma área de 100 metros, por uma passagem de mais ou menos 30 metros. Os defensores estavam armados com bolinhas de barro mole e se acertassem os atacantes estes eram considerados mortos. Caio tirou toda roupa, ficou só com um calção preto. Pintou-se todo de negro. Rastejando, como uma cobra, passou fácil pelos defensores que guardavam a passagem. Ninguém o viu. Foi o único que conseguiu. Os demais foram todos descobertos e mortos. No dia seguinte, ele não conseguiu tirar a pintura do rosto quando da inspeção e ficou marcado no acampamento como “cara guaximim”. À noite, após o fogo do conselho, o chefe Clairmont convidou todos para deitarem na relva e observarem a movimentação das estrelas e constelações. Um espetáculo inesquecivel. O chefe Clairmont mostrava onde ficava cada uma das constelações e como deveria ser observada nos meses subsequentes. Isto facilitaria muito numa provável tomada de rumo, quase que perfeita se um dia viessem a se perder. Estava tão intertido na explanação do chefe que nem notou ao seu lado o Escoteiro Gerson Satuf. Cochilava parecendo estar com um sono enorme. Eram mais de onze da noite. Isto me foi contado pelo chefe Clairmot, quando nos encontramos seis meses após o desastre. Foi na Praça Raul Soares em um encontro regional de professores do Estado. Não tinhamos uma grande amizade e nem sei por que o assunto veio à baila. Mas o desastre foi de proporção nacional e todos inclusive eu gostaria de saber de detalhes. Muito me foi narrado. Até mesmo a promoção de Caio a monitor. Ele não esperava. Era novo na patrulha e quem sabe por ser o mais alto e mais velho (já estava com 14 anos), foi escolhido. Naquela época BP comentava em seu livro Escotismo para Rapazes que os mais velhos sempre são mais respeitados pelos mais novos. No mês de novembro de 1938, a Comissão Executiva do Grupo Escoteiro Afonso Arinos, programou uma excursão técnica-cultural até São Paulo. Nem todos participaram. Somente seis lobinhos, doze escoteiros, tres pioneiros, o chefe Clairmont o chefe Rubens e mais dois da Comissão Executiva. Uma delegação de vinte e cinco membros. Caio convenceu seus pais a ir. Era um só sorriso e sua mente vibrava em conhecer São Paulo. Caio sonhava com a viagem. Passou noites e noites pensando como seria São Paulo, já considerada a maior cidade brasileira. Embarcaram à tarde na estação de Minas, um imponente prédio em estilo neo-classico. O primeiro relógio público de Belo Horizonte alí foi instalado no alto da torre da estação. Em frente está uma bela praça, a Rui Barbosa, onde se encontra o “Monumento da Terra Mineira” uma linda estátua de bronze que representa a conquista do territorio mineiro pelos entradistas e bandeirantes e os mártires mineiros. Quem um dia for visitar este imponente local, não deve deixar de ver os dois leões, que foram encomendados ao artista belga Foline. É um belíssimo trabalho esculpido em mármore. Durante o embarque aquela alegria contagiante que todos os escoteiros têm. Muitas canções, muitos “Anrês”, muitos gritos de patrulha. Alguém já me disse que são “coisas” de escoteiros esta cantoria quando viajam. Conseguiram um vagão especial de primeira classe, que ficava no meio da composição de onze vagões no seu total. Na partida, uma grande palma escoteira ecoou quando o Condutor, o velho Gabriel, com seus bigodes imensos, seu uniforme impecável, e seu boné bem colocado na cabeça, começou o seu períplo em todos os vagões. Uma rotina de anos, seu inconfundível apito para anunciar a partida do trem, e agora ali depois de percorrer os vagões da frente pedia educadamente – Bilhetes! Bilhetes! E todos estavam sorridentes, com ele a mão para ver como ele picotava e perfurava numa manobra de deixar todos os passageiros embasbacados. A viagem era longa. Era uma volta enorme. Iriam até Volta Redonda e lá pegariam o rumo de São Paulo. Volta Redonda era uma bifurcação. Em frente à estrada de ferro seguia para o Rio de Janeiro. Retornando São Paulo. Quase 20 horas em um trem sacolejante, mas que seria motivo de alegria e felicidade se tudo corresse conforme os planos. Caio dormitava em uma poltrona e sempre acordava olhando pela janela a fumaça e ouvindo o matrequear das rodas que seguia o trem apitando aqui e ali ia cortando montanhas. Quando me contaram de Caio, seus olhos abrindo e fechando de sono, naquela viagem que seria sua última, penso como seria bom estar junto a ele. A Maria Fumaça sempre foi um dos meus amores quando jovem. Margeando um rio, com seus apitos estridentes, uma parada em uma pequena estação, alguns saltam outros sobem. O cheiro do trem ninguém esquece. As fagulhas lançadas no ar, as paradas nas caixas d’água para matar a sede da locomotiva. E os guarda-pós? Usei muitos. Não sei por que, todos brancos. Muitas vezes alguns funcionários da ferrovia passam despercebidos. Se pudessem observar a estratégia do manobreiro, da simplicidade do guarda-chaves alterando o percurso do trem, da destreza do maquinista, do esforço do foguista alimentando a fornalha sempre faminta, do trabalho do pessoal da soca, a fazer os reparos necessários e o do fiscal de linha garantindo a segurança da viagem. E ali naquele vagão de primeira classe, dormia vinte e cinco escoteiros. Vinte e cinco almas cujos destinos estavam traçados. O relógio não parava. Onze da noite, meia noite, uma hora. Clairmont fez sua ultima inspeção no vagão. Todos os escoteiros e lobinhos dormiam a sono solto. O destino estava escrito. E como disse alguém, do destino ninguém foge. Não poderia ser mudado. Nada em tempo algum poderia fazer com que a história fosse outra. Em sentido contrário, descendo a serra da Mantiqueira, um cargueiro seguia a todo vapor como a desconhecer o que iria encontrar a sua frente. Não se sabe até hoje porque o chefe da estação João Aires não parou o trem, ou se esqueceu do noturno, que sofregadamente começava a subir a serra. Qual seria o sonho de Gerson Issa Satuf? Ou de Hélio Marcos de Oliveira Santos? Ou do próprio Caio Vianna Martins? Dificil saber. Poderiam estar sonhando com seus irmãos, seus pais, ou mesmo sendo preparados lá no alto por anjos protetores do desastre que iria acontecer em seguida. Em uma curva Jonas o maquinista do noturno, que era conhecido como o Coruja, pois nunca dormia a noite, viu o cargueiro que se aproximava em sentido contrário a toda velocidade. Mario Duarte tambem viu o noturno, Mario era o maquinista do cargueiro. Mais de vinte anos fazendo aquele caminho. Nada poderia impedir o desastre. Nada. A velocidade do cargueiro era grande e ambos os maquinistas sabiam o que ia acontecer. Os freios rangeram, os apitos soaram e a batida veio forte. Estrondos se fizeram ouvir. Vagões foram expulsos da linha, jogados em uma ribanceira. Eram duas horas e cinco minutos da madrugada. Uma madrugada que entrou para a história. Um engavetamento monstro se formou. Alguns vagões ficaram inreconheciveis. 19 de dezembro. A cinco dias do natal. Ano de 1938. O carro dos escoteiros saltou dos trilhos e atravessou para a direita. Outro carro colidiu com ele engaventando e o partindo ao meio. O vagão prensado deitou-se em um barranco sendo comprimido por muitos outros. Gritos. Pedidos de socorro, tudo escuro, não se via nada. Noite sem lua. O chefe Clairmont e o chefe Rubens acordaram e sentiram tudo. Estavam apenas com alguns arranhões. Atônitos viram o desespero dos passageiros. Gritos de socorro, gemindos, o barulho da colisão agora se fazia em menor escala. Clairmont e Rubens se puseram na ativa. Alí começou seu trabalho de escotistas na hora do perigo. Os chefes Escoteiros sabem que um dia terão de agir e esta hora chegou para Clairmont e Rubens. A seu modo eles também foram heróis. Poucos se lembram deles. Seus nomes foram esquecidos. Reuniram todos os jovens em um ponto da estrada. Deram falta de Hélio Marcos e Gérson Issa Satuf. Procuraram e os encontraram mortos embaixo de escombros. Impossível descrever tudo nos seus detalhes mais intimos. Era uma carnificina. Feridos gritavam e a escuridão não ajudava na localização. As duas patrulhas e os pioneiros fizeram uma grande fogueira. Usaram madeiras destroçadas dos vagões. A única luz que alí poderia ajudar naquela hora fatídica. O pânico reinava. Cairmont e Rubens batalhavam. Com os pioneiros e escoteiros que nada sofreram socorriam os feridos, fizeram macas para os casos mais graves e o resgate prosseguia, mas agora mais devagar. Caio cambaleante ajudava em tipoias, estancando sangue de feridos, e até ajudou na remoção de cinco até o um vagão dormitório que permaneceu intacto e serviu de pronto socorro. Caio havia recebido uma forte pancada na região lombar. Quase não comentava a dor intensa que sentia. Só às sete da manhã chegou o socorro com médicos e enfermeiros da cidade de Barbacena. Fora uma madrugada terrível. Os passageiros que nada sofreram trabalharam incansavelmente. Clairmont e Rubens estavam esgotados. Não pararam um só instante. Dois heróis. Dois homens que tinham a carisma dos grandes heróis anônimos que surgem e nunca são lembrados. Quando a maioria dos feridos tinha sido removida, viram Caio claudicando, sentindo dores terríveis. Tentaram levá-lo. Ele não aceitou. Disse e apontava para as vitimas que pareciam em estado mais grave e dizia, há muitos feridos. Eu não estou tão ferido como eles. Recusou a maca. A história como disse é cheia de fatos heróicos. Eles surgem assim do nada. Caio Vianna Martins é um deles. Nunca pensou que ficaria como o grande herói do escotismo nacional. Não disse suas belas palavras por dizer. Saiu naturalmente. Viram que ele estava cambaleante, e seus olhos piscavam. Seus lábios tremiam uma golfada de sangue saiu de sua boca e mesmo assim não deixou em tempo algum que o carregassem. Disse para todos o que ficaria como a mais bela frase já dita por uma legião de heróis – “Há muitos feridos aí. Deixe-me que irei só. Ajudem os outros, eu sou um Escoteiro e o Escoteiro caminha com suas próprias pernas”! Saiu caminhando e desfaleceu quando chegou à cidade de Barbacena. Morreu horas mais tarde em conseqüência dos rompimentos das vísceras e de uma intensa hemorragia interna. Poucos o ouviram pronunciar essas palavras. Alguns escoteiros e alguns enfermeiros. Elas foram comunicadas a nação e ao mundo graças a dois homens públicos que lá estavam na hora. Eles foram testemunhas da história. Alcides Lins e Otacílio Negrão de Lima. Este último ficou conhecido como um grande político mineiro. Eles ficaram impressionados com o que viram. Não só pelas palavras de Caio como a ação dos escoteiros na ajuda aos feridos. Levaram aos jornais o que tinham assistido. O mundo inteiro ficou sabendo que o Brasil também forja homens e jovens com a desenvoltura de Caio Vianna Martins e seus amigos escoteiros. As manchetes dos jornais e rádios correram por toda a parte. Reconheciam no gesto de Caio Martins um fato marcante na mente dos jovens que fazem parte desta nossa bela fraternidade. Caio foi escolhido e eleito como o simbolo Escoteiro no Brasil. Seu nome ficou gravado na história. Praças, monumentos, e até um estadio de futebol tem seu nome. Estádio Caio Martins. Sua fama faz parte do nosso orgulho Escoteiro. Ficamos alí sentados na praça eu o chefe Clairmont por horas. Vi em seus olhos lagrimas furtiva, que correram em sua face quando me narrou toda a epopéia. Complentou dizendo que Caio Vianna Martins, Gerson Issa Satuf e Hélio Marcos de Oliveira Santos, foram sepultados em uma tarde de dezembro, vespera de natal, no cemitério Bom Fim, na zona norte de Belo Horizonte. Hoje seu Grupo no Colegio Afonso Arinos não existe mais. Mas alí um placa de bronze é vista por todos do herói e seus amigos escoteiros pelos alunos que por anos e anos cursaram suas salas. Esta é uma historia contada aqui e ali em pedaços imaginários e reais. Caio e seu gesto foram uma realidade. Ninguém pode duvidar. Suas palavras nunca serão esquecidas e servirão sempre como uma diretriz para todos nós escoteiros. O Escoteiro é alegre e sorrí nas suas dificuldades. Em memória a Caio Vianna Martins, Gerson Issa Satuf e Hélio Marcos de Oliveira Santos, saudemos no panteão da glória e dos heróis nacionais com o nosso: SEMPRE ALERTA! E tiramos o chapéu com o Grito de guerra da União dos escoteiros do Brasil – Anrê – anrê – anrê! – Pró Brasil? Maracatu! |
Linda história. Quase chorei quando li. Eu admiro muito o Caio pelo seu exemplo de bravura e coragem, tanto que escrevi um poema sobre ele. Na minha opinião, ele deveria ser mais reconhecido por nós, brasileiros, porque, de fato, ele foi um herói! ��
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