terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

A lobinha Mariana e o boneco de papel. (um conto baseado na história de Pinóquio)


Lendas Escoteiras.
A lobinha Mariana e o boneco de papel.
(um conto baseado na história de Pinóquio)

                       Ah, Não sei se você a conheceu. Linda menina, olhos alegres, nariz fino, esperta muito esperta. Tinha um defeito enorme que todos que a conheciam sabiam. Ela gostava muito de contar uma mentira. Sempre contando fantasias que nunca existiram. Sempre inventava, tirava da imaginação coisas que não existem e mesmo sua mãe lhe dizendo que era errado, ela ria baixinho e lá vinha outra mentira. Lisbela a Akelá vivia dizendo que um dia ela iria se arrepender se não parasse de mentir. – Marina, você conhece a Lei do Lobinho. A quinta diz tudo, a lobinha diz sempre a verdade! Marina fingia estar triste e sempre prometia nunca mais mentir. Não era de hoje que ela mentia. Enquanto pequena todos achavam graça e riam dizendo que ela tinha uma fértil imaginação. Então foi crescendo e seus pais só ouviam reclamações dos vizinhos, professores e até dos chefes de sua alcatéia. Sua mãe sempre dizendo sempre insistindo para ela não mentir.

                      Muitas das suas mentiras causaram mal estar, prejudicaram pessoas, fizeram com que elas brigassem com histórias que nunca existiram. Um conselho de primos aconselhou que ele fosse mandada embora. Na matilha ninguém mais gostava dela. Mariana um dia se sentiu infeliz. Acreditava que a mentira ajudava falava para si própria que é melhor uma mentira que um verdade enganosa. Sua mãe intercedeu por ela na Alcateia – Não posso prometer nada, mas o que farei se ela sair? As mentiras irão continuar e a possibilidade dela fazer amigos será muito difícil. Uma vez sua mãe a deixou presa no quarto por uma semana. Ela chorava tanto que ela ficou com pena e a soltou ameaçando: Mais uma e você irá ficar lá para sempre. Mariana sabia que não ia parar, não tinha jeito. A mentira se tornou uma verdade para ela. Tudo aconteceu naquele acantonamento de verão. Foram no sítio Vera Cruz do pai de Alfredinho um lobinho da matilha marron. Ela sentiu que ninguém se aproximava dela. Chorou muito e foi sentar embaixo do abacateiro que estava carregado de abacates.

                     Foi então que ela viu um velhinho, barbas e bigodes brancos. Ele se apresentou a ela se dizendo chamar Gepeto. – Você não me conhece? Nunca leu as histórias que contaram sobre mim? Fui eu quem construiu Pinóquio, o boneco de madeira. Não sabia que a fada madrinha dele o transformou em um menino de verdade. Meu boneco criou vida. Eu claro fiquei feliz. Agora eu tinha um filho o que nunca tive. Pensava em fazer de Pinóquio um menino educado. O coloquei na escola mas Pinóquio fugiu e foi brincar no Teatro de Bonecos. Pinóquio me ignorou e ficou com o dono do Teatro e depois ele chorou tanto que o homem lhe deu umas moedas e o deixou partir. Ele voltando para casa encontrou dois ladrões. Mesmo que seu amigo o Grilo Falante desse conselhos, resolveu seguir com eles e foi roubado. Pinóquio ficou triste e resolveu voltar para casa e me obedecer. No caminho um pássaro que cantava me avisou que ele fugiu para o mar. Viu muitas crianças sorrindo que iriam para o país da Alegria. Pinóquio como hipnotizado por eles seguiu-os. Eles o transformaram em um burro.

                     Foi então que lhe deram a maldição do nariz grande. Disseram para ele: - Toda vez que contar uma mentira seu nariz vai crescer um pouquinho. Pinóquio tentava evitar contar mentiras, mas não tinha jeito. Seu nariz crescia e crescia. Ele chorava arrependido e jurava nunca mais contar uma mentira. Sua Fada Madrinha apareceu e desfez o encanto, mas avisou: - Toda vez que mentir seu nariz vai crescer. Pinóquio arrependido correu em busca de Gepeto que era eu. Quando chegar ao mar ele avistou o Grilo Falante e eu. Acontece que uma baleia pulou na areia e engoliu a todos nós. Lá dentro quando a baleia abriu a boca de novo eles fugiram. Chegando em casa a fada Madrinha recompensou a coragem de Pinóquio transformando-o num menino de verdade. Eu e Pinóquio fomos felizes para sempre e olhe ele nunca mais disse uma mentira.

                       Mariana acordou, pois ela estava dormindo. Mas achou que a história foi verdade e Gepeto lhe deu conselhos para nunca mais mentir. Ela sentia seu nariz vibrar, parecia estar estará crescendo. Ela chorava, correu atrás da Akelá e jurou para ela que nunca mais iria dizer uma mentira. A Akelá não sabia da história, mas consolou Mariana e acreditou no que ela dizia. Daquele dia em adiante Mariana nunca mais mentiu. Sempre quando pensava em dizer uma mentira seu nariz coçava e ela não dizia nada. Isto serviu de exemplo para toda a Alcateia. Ali a mentira nunca mais existiu, pudera quem queria ter um nariz grande que só crescia, crescia e crescia? E como em toda história lembre-se – “Boi não é vaca, feijão não é arroz e quem quiser”... Que conte dois!


Esta é uma história baseada no conto de  Carlo Collodi, autor de “As Aventuras de Pinóquio”.

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