Lendas
Escoteiras.
A lobinha
Mariana e o boneco de papel.
(um conto
baseado na história de Pinóquio)
Ah, Não sei se você a conheceu. Linda menina,
olhos alegres, nariz fino, esperta muito esperta. Tinha um defeito enorme que
todos que a conheciam sabiam. Ela gostava muito de contar uma mentira. Sempre
contando fantasias que nunca existiram. Sempre inventava, tirava da imaginação
coisas que não existem e mesmo sua mãe lhe dizendo que era errado, ela ria
baixinho e lá vinha outra mentira. Lisbela a Akelá vivia dizendo que um dia ela
iria se arrepender se não parasse de mentir. – Marina, você conhece a Lei do
Lobinho. A quinta diz tudo, a lobinha diz sempre a verdade! Marina fingia estar
triste e sempre prometia nunca mais mentir. Não era de hoje que ela mentia.
Enquanto pequena todos achavam graça e riam dizendo que ela tinha uma fértil
imaginação. Então foi crescendo e seus pais só ouviam reclamações dos vizinhos,
professores e até dos chefes de sua alcatéia. Sua mãe sempre dizendo sempre
insistindo para ela não mentir.
Muitas das suas mentiras
causaram mal estar, prejudicaram pessoas, fizeram com que elas brigassem com
histórias que nunca existiram. Um conselho de primos aconselhou que ele fosse
mandada embora. Na matilha ninguém mais gostava dela. Mariana um dia se sentiu
infeliz. Acreditava que a mentira ajudava falava para si própria que é melhor
uma mentira que um verdade enganosa. Sua mãe intercedeu por ela na Alcateia –
Não posso prometer nada, mas o que farei se ela sair? As mentiras irão
continuar e a possibilidade dela fazer amigos será muito difícil. Uma vez sua
mãe a deixou presa no quarto por uma semana. Ela chorava tanto que ela ficou
com pena e a soltou ameaçando: Mais uma e você irá ficar lá para sempre.
Mariana sabia que não ia parar, não tinha jeito. A mentira se tornou uma
verdade para ela. Tudo aconteceu naquele acantonamento de verão. Foram no sítio
Vera Cruz do pai de Alfredinho um lobinho da matilha marron. Ela sentiu que
ninguém se aproximava dela. Chorou muito e foi sentar embaixo do abacateiro que
estava carregado de abacates.
Foi então que ela viu um
velhinho, barbas e bigodes brancos. Ele se apresentou a ela se dizendo chamar
Gepeto. – Você não me conhece? Nunca leu as histórias que contaram sobre mim?
Fui eu quem construiu Pinóquio, o boneco de madeira. Não sabia que a fada
madrinha dele o transformou em um menino de verdade. Meu boneco criou vida. Eu
claro fiquei feliz. Agora eu tinha um filho o que nunca tive. Pensava em fazer
de Pinóquio um menino educado. O coloquei na escola mas Pinóquio fugiu e foi
brincar no Teatro de Bonecos. Pinóquio me ignorou e ficou com o dono do Teatro
e depois ele chorou tanto que o homem lhe deu umas moedas e o deixou partir.
Ele voltando para casa encontrou dois ladrões. Mesmo que seu amigo o Grilo
Falante desse conselhos, resolveu seguir com eles e foi roubado. Pinóquio ficou
triste e resolveu voltar para casa e me obedecer. No caminho um pássaro que
cantava me avisou que ele fugiu para o mar. Viu muitas crianças sorrindo que
iriam para o país da Alegria. Pinóquio como hipnotizado por eles seguiu-os.
Eles o transformaram em um burro.
Foi então que lhe deram a
maldição do nariz grande. Disseram para ele: - Toda vez que contar uma mentira
seu nariz vai crescer um pouquinho. Pinóquio tentava evitar contar mentiras,
mas não tinha jeito. Seu nariz crescia e crescia. Ele chorava arrependido e
jurava nunca mais contar uma mentira. Sua Fada Madrinha apareceu e desfez o
encanto, mas avisou: - Toda vez que mentir seu nariz vai crescer. Pinóquio
arrependido correu em busca de Gepeto que era eu. Quando chegar ao mar ele
avistou o Grilo Falante e eu. Acontece que uma baleia pulou na areia e engoliu
a todos nós. Lá dentro quando a baleia abriu a boca de novo eles fugiram.
Chegando em casa a fada Madrinha recompensou a coragem de Pinóquio
transformando-o num menino de verdade. Eu e Pinóquio fomos felizes para sempre
e olhe ele nunca mais disse uma mentira.
Mariana acordou, pois
ela estava dormindo. Mas achou que a história foi verdade e Gepeto lhe deu
conselhos para nunca mais mentir. Ela sentia seu nariz vibrar, parecia estar
estará crescendo. Ela chorava, correu atrás da Akelá e jurou para ela que nunca
mais iria dizer uma mentira. A Akelá não sabia da história, mas consolou
Mariana e acreditou no que ela dizia. Daquele dia em adiante Mariana nunca mais
mentiu. Sempre quando pensava em dizer uma mentira seu nariz coçava e ela não
dizia nada. Isto serviu de exemplo para toda a Alcateia. Ali a mentira nunca
mais existiu, pudera quem queria ter um nariz grande que só crescia, crescia e
crescia? E como em toda história lembre-se – “Boi não é vaca, feijão não é
arroz e quem quiser”... Que conte dois!
Esta é uma história
baseada no conto de Carlo Collodi, autor de “As Aventuras de
Pinóquio”.
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