Antonio.
A
paz que o vento nos traz.
Era um Velho conhecido
meio amigo perdido no tempo. Nem sei por que nos cumprimentamos tão
efusivamente. Foi um reencontro despretensioso uma rápida conversa mais
convencional. – Olá Chefe! – Como vai? - O olhei de soslaio. Eu me lembrava de
tudo que fez e das mágoas que deixou. Pensando bem são cicatrizes benignas
feitas por pessoas que, usufruindo de uma fraternidade deixaram uma intersecção
de uma história que seria melhor apagar. Ele apertou minha mão.
- Chefe ainda com
ressentimentos? – Olhei para ele e não disse nada. – Um pedido de desculpas, um
abraço e uma lagrima poderiam ser consideradas como um retorno para um perdão?
– Chefe, desde aquele dia vou sobrevivendo a cada dia, com tombos e tropeços em
meio à ventania que me aconteceu. Tento vencer os desafios, mas a dor é maior
que aceitar o que fiz e me manter de pé a cada folha que caiu...
- Não disse nada e o abracei. Choramos juntos
as desventuras de um desentendimento que nem deveria ter existido. – Chefe eu
não conheço todas as flores, mas vou colher uma por uma e mandar ao senhor
todas que eu puder. – É o tempo cura cicatrizes. A velha amizade sincera
voltou. Se todo mundo erra, temos mais motivos para a tolerância e o perdão. E
se ninguém é perfeito, mais razão para entender as imperfeições alheias. Ou será
que só temos o direito a tropeçar? Pensei nisso. A terra é uma escola de
aperfeiçoamento. Por este motivo vale a pena prestar atenção no seu próprio aproveitamento
pessoal e deixar aos outros o dever de cuidar de seus próprios atos.
- Existem verdades que a gente só pode dizer depois de ter conquistado o direito de dizê-las. Alguns escoteiros veem as coisas como são e dizem “Por quê?” Eu sonho com as coisas que nunca foram e digo; - “Por que não?” - O abraço fez do tempo um pedaço de bem querer. Lentos os dias que se acumulam. Como vão longe os tempos de outrora...
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