domingo, 4 de setembro de 2016

E lá fui eu sentir novamente o calor de um Fogo de Conselho. Quanto tempo, quantas saudades...


E lá fui eu sentir novamente o calor de um Fogo de Conselho.
Quanto tempo, quantas saudades...

          Crepita a fogueira... Entre nuvens e estrelas, quem sabe uma lua cheia para matar as saudades que são tantas e quando sentei sentindo o calor do fogo, a fumaça da lenha, olhei para a Célia que estava lá e pensei: - Tira de mim este olhar, que queima como fogueira, ilumina igual luar em noite de Lua Cheia! Era verdade. Eu estava ali em volta da chama, coração a bater e lembrar... Quantos? Mais ou menos de mil? Não importava naquela hora. Era um fogo, que aquece que ajuda a gente a meditar o porquê ainda era um Escoteiro. E foi assim que no sábado embarquei com minha amada cara metade e meu filho e fomos escoteirar em volta de um fogo, não tão longe, bem no centro da cidade, mas com o arvoredo e o local parecia que tinha voltado ao a Serra da Castanha, anos que já se foram e não voltam mais...

          E quem disse que éramos muitos? Necas. Meia dúzia ou sete sei lá. Mas ali a quantidade não superou a qualidade. Um cara chamado Lecão, outro chamado Francisco, e dá de bico pois tinha um livreiro com seu filho pioneiro. Quanto tempo conversando virtualmente sem conhecer? Sete, nove ou dez anos? Alô Paulo Jorge, como vai você? Abraços e aperto de mão. Deixaram-me a vontade. Ajudaram-me a caminhar. O Velho Chefe anda escorando nas paredes para não cair. Mas a alma vibrava, o sonho de novo voltou. Lá fui eu em volta de uma fogueira, gostosa, bonita, deliciosa, alegre e viva com seu cheiro de deusa, fumacinha chegando... Ah! Quantas saudades! E a gente cantou, e a gente contou causos e a gente riu e a gente não chorou. Pera aí, não fizemos a cadeia da Fraternidade. Por quê? Francamente nem sei mas não foi o primordial.

              Avião sem asa, fogueira sem brasa não tem graça. Faltou à banana verde caturra, faltou à batata doce faltou sim mas não importou a alegria no lugar. Pois é mais um Grupo Escoteiro morando no meu coração. E foi assim que eu fui ao Encontrão dos Amigos Escoteiros. Magnificamente recebido pelo sonhador e realizador, cara batuta mas que ficou sério e foi preciso eu dizer: Sorria Lecão, aqui é seu encontrão! E o Paulo Jorge? Livreiro de profissão sabe como ninguém falar de escotismo. Sem esquecer o Francisco que já é do peito guardado de outros encontros que vão ficando no passado.

            Foi um sábado supimpa. Amei a jornada com meu filho no volante, filho do qual orgulho. Pai! Eu levo o senhor lá! E levou e chegou e fez amigos, se sente bem em qualquer lugar afinal foi Lis de Ouro meu chapa! Falar da Célia companheira de jornada é chover no molhado, pois ela é um bom bocado e nunca pode faltar em estar ao meu lado, meu avião, meus olhos meu coração. Enfim foi um belo encontrão. Poucos mas já disse, ali a qualidade superava os muitos que se esperava para a confraternização. Vai haver outras, se ainda aguentar mesmo “trupicando”, balançando o corpo para não cair, lá estarei, pois a simpatia e o cuidado me deixou agradecido por cuidarem tão bem deste Velho Chefe Escoteiro que ainda faz horas extras nas atividades que pode comparecer.

               Só posso dizer obrigado, deixar um belo abraço fraterno, dizer um Arrê ou mesmo um bravôo dos bons. Enfim como disse o poeta Escoteiro, eu jamais iria para a fogueira só por uma opinião, afinal amo as coisas de Deus, amo o fogo amigo e ali jurei a mim mesmo que nunca mudaria de opinião. Escotismo é bom demais, amigos que chegam amigos que vão, não importa você sempre dá um jeito de guardar bem no fundo todos eles, lá no fundo do seu coração!


E obrigado Lecão pelo encontrão. Conte comigo hoje e sempre!

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