A
parábola da rosa.
O Chefe Conrado naquela
noite em frente sua barraca nos recebeu com um delicioso cafezinho. Deixou-nos
a vontade, pois à noite estava linda e o céu estrelado. Sorrindo falou em voz
baixa: - Vocês sabiam que as pessoas desabrocham assim como as rosas? Ficamos
olhando para ele espantados. – Saibam que precisamos aprender a ver a essência
das pessoas, a beleza interior e não a beleza externa de cada um. Vou contar
para vocês uma parábola que um dia ouvi de um mestre Escoteiro, quando sem
querer em um vale florido ele começou a narrar uma historia que nunca tínhamos
ouvido.
- Meus queridos escoteiros,
um certo homem plantou uma rosa e passou a regá-la constantemente e, antes que
ela desabrochasse, ele a examinou: - Ele viu o botão que em breve
desabrocharia, mas notou espinho sobre o talo e pensou: - Como pode uma bela
flor vir de uma planta rodeada de espinhos tão afiados? – Entristecido por este
pensamento, ele se recusou a regar a rosa, e, antes que estivesse pronta para
desabrochar, ela morreu. – Assim é com muitas pessoas. Dentro de cada alma há
uma rosa. As qualidades dadas por Deus e plantadas em nós crescendo em meio aos
espinhos de nossas faltas. Muitos de
nós olhamos para nós mesmos e vemos apenas os espinhos, os defeitos. Nós nos
desesperamos, achando que nada de bom pode vir de nosso interior. Nós nos
recusamos a regar o bem dentro de nós, e, consequentemente, isso
morre. Nós nunca percebemos o nosso potencial. Algumas pessoas não veem a
rosa dentro delas mesma; Alguém mais deve mostrá-la a elas.
Olhando na face de cada um de nós ele terminou: - Um dos maiores dons que uma pessoa pode possuir ou compartilhar é ser capaz de passar pelos espinhos e encontrar a rosa dentro de outras pessoas. Esta é a característica do amor — olhar uma pessoa e conhecer suas verdadeiras faltas. Aceitar aquela pessoa em sua vida, enquanto reconhece a beleza em sua alma e ajuda-a a perceber que ela pode superar suas aparentes imperfeições. Se nós mostrarmos a essas pessoas a rosa, Elas superarão seus próprios espinhos. “Só assim elas poderão desabrochar muitas e muitas vezes.”.
O Chefe Conrado piscou o olho
e como um bom poeta que era finalizou: - Eu queria ser uma rosa branca, mas do que me adianta ser
branca se ao ser branca deixa de ser rosa, por tanto permaneço em mim
transparente e habitante do planeta amor, firme na idéia caule só pra ver aonde
broto flor.
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