Contos de
Fogo de Conselho.
O Chefe
Escoteiro infeliz.
Havia em um Grupo
Escoteiro em uma cidade muitíssimo distante, um Chefe que foi distinguido pelo
poder e honras pela sua capacidade em ensinar a seus jovens. Entretanto, não obstante
seu saber e opulência nas lides Escoteiras vivia intranquilo e se sentia
extremamente infeliz. Isto preocupava seus amigos do escotismo, assim como sua
família e conhecidos. O Conselho de Chefes se autoconvocou para dar uma
assistência especial, a fim de devolver-lhe a alegria. Mas embora houvessem
feito tudo o que podiam para minorar a tristeza na qual mergulhara o seu Chefe
mais querido, nada conseguiram de positivo. Todos os esforços foram
insuficientes para alterar a situação e isto estava prejudicando sua Tropa
escoteira e ao próprio Grupo Escoteiro.
Um dia chegou naquele
Grupo Escoteiro uma notícia de que num pequeno vilarejo bem afastado do seu
estado, vivia um Velho Chefe Escoteiro que todos chamavam de Raposa Cinzenta, notável
pelo seu conhecimento e de uma piedade imensurável. Por unanimidade o Conselho
de Chefes aprovou uma verba para o Chefe Escoteiro infeliz ir procurá-lo.
Depois de algumas semanas de viagem, ele encontrou O Chefe Raposa Cinzenta na
periferia de um povoado insignificante, nas proximidades de um local ermo e sem
atrativos. Descansando sua mochila após percurso tão cansativo e angustioso,
ele estava afadigado e com o semblante abatido.
Cansado sem maiores
delongas e rodeios falou ao Chefe Raposa Cinzenta: - Sempre Alerta amado Chefe.
Aqui estou depois de longa e penosa viagem, à procura de orientação que me
traga a paz, a segurança e a felicidade que há tanto tempo perdi e não há quem
me ajude a recuperá-las. Conto com sua sabedoria e experiência escoteira. Faça
algo por mim! – Sem nada responder Raposa Cinzenta conduziu o Chefe através das
veredas escarpadas da montanha ali bem próxima, até atingirem o seu ponto mais
alto. Foi uma escalada penosa e cansativa.
Ali, no cume da montanha, os dois pararam
exatamente no lugar onde uma águia havia construído o seu ninho. O Chefe estava
impressionado com a imensa altura onde fora parar e sem saber por quê. Mas foi
ali que Raposa Cinzenta encarando o Chefe, indagou: - Por que teria a águia
construído o seu ninho aqui nas alturas? – Ora essa! – Respondeu o Chefe, é
óbvio que aqui estará isenta dos perigos. – Pois bem, proceda também assim,
sentenciou o Chefe Escoteiro. Construa sua casa, e sua morada no céu e terá
paz, segurança, alegria e tranquilidade perene. Porque só ali essas coisas são
garantidas. Na terra, jamais!
Pois é, a vida é assim. O
Chefe desta parábola representa a cada um de nós que labutamos no escotismo e
sempre sonhamos tanto com a felicidade... Mas a felicidade não está numa
carreira de sucesso, em ser reconhecido com um grande líder Escoteiro. Não está
na popularidade encontrada entre seus pares e nos parabéns através de promoções
ou presentes em forma de condecorações recebidas. Tudo isto pode trazer
alegria, mas alegria que passa se não for acompanhada daquilo que realmente
importante e nos faz felizes.
A lição de como alcançar a
felicidade está na semelhança da águia, pois construindo nossas vidas nas
alturas podemos sonhar que fazendo o bem poderemos alcançar para sempre uma
maneira correta de sermos felizes para sempre!
- Baseado na parábola
do Rei infeliz.
Nota de rodapé: - “Existem coisas melhores adiante do que qualquer outra que deixamos para
trás.” “O que passou, passou, mas o que passou luzindo, resplandecerá para
sempre”. Bom fim de semana para todos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário