Coisas da vida.
E ser velho é um barato... Mora!
Muitas
vezes não fazemos ideia do que vai acontecer quando chegarmos à terceira idade.
Alguns escrevem que ela é sinal de vivência, de maturidade e as TVs mostram
clubes de idosos praticando exercícios físicos, outros são laureados por
atingirem 90 anos e ainda sorrindo e caminhando, mas esquecem que tem outra
realidade. Aquela que só vemos nos idosos que estão junto a nós. A verdade é
que se tivermos feito uma vida cheia de alegrias, cuidando do nosso corpo,
evitando vícios que muitos não conseguem ficar sem, então podemos atingir uma
idade em que as doenças mais comuns podem ser evitadas.
Dizem
que começamos a nos preocupar quando passamos a conferir nos jornais ou mesmo
naqueles que são noticias por ter ido para o outro lado da vida. Principalmente
se são pessoas famosas. – Morreu com quantos anos? Qual a média da morte nos
idosos? São centenas de perguntas. Com a chegada da velhice, é que começamos a
nos preocupar com a saúde de uma forma mais intensa. Qualquer sintoma é motivo
de visitas ao médico (se for pelo SUS então vai ter que esperar), pois algumas
doenças mortais ocorrem com mais frequências nos idosos.
Alguns
geriatras dão nomes as mais comuns que aparecem na terceira idade e é hora da
corrida para evitá-las. - Doença cardiovascular, Doença Cerebrovascular (AVC), hipertensão arterial,
câncer, diabetes tipo 2, doença de Parkinson, mal de Alzheimer, doença pulmonar
obstrutiva crônica, osteoarstrite, osteoporose, cataratas, perda de audição e
tantas outras comuns na idade avançada. Costumamos ver amigos que se despedem
da gente, muitas vezes mais novo e vamos ficando e só Deus sabe até quando. De
uma coisa eu sei, não é fácil estar com uma delas ou outra qualquer
sobrevivendo o dia a dia tentando manter alegria, e rindo das coisas da vida...
Da velhice!
- Muitos dos
meus amigos já partiram. Da minha Patrulha só resta um. Parece que eu vou
primeiro que ele. Continuo ficando por aqui neste planeta e nem sei até quando.
Tem dia que dá vontade de fechar os olhos e só abrir quando o sol nascer em
outra dimensão. Mas não é assim tão fácil. Somos culpados pelo que fazemos, mas
é Deus quem define o final da vida. Desde pequeno quando entrei para ser
lobinho aos seis anos e meio que me mantive na ativa, andando, correndo,
montando barracas aqui e ali, pedalando, fazendo jornadas, escapando para o
alto de uma montanha ou cortando madeira (hoje não pode mais) com uma
machadinha e gritar bem alto: - Maaddeeiraaaa! Infelizmente esqueci do cigarro
que só fui deixar com 45 anos.
Ainda insisto
mesmo sem poder nas minhas escritas. Muitos me dizem que elas são ultrapassadas,
fora de época e nem sempre levadas em consideração. Concordo, mas mesmo ficando
na dúvida se elas são uteis ou não, não posso parar. Minhas forças se esvaem,
ideias vão se perdendo. Já não tenho o vigor de Sherazade nos contos das mil e
uma noite. Esta é a minha escolha para continuar vivendo, fazendo escotismo que
amo, pois como disse aquele Chefe: - Moço, tu nem grupo têm, nem registro, fica
aí dizendo o que eu devo fazer? Pois é... Pois é... O que responder para ele?
Dizer filho aguarde quando ficar como eu faça essa pergunta a você mesmo!
- São coisas da
vida. Para ele ainda não tenho uma resposta. Tem dia que acho que não irei
encontrar a próxima noite ou a madrugada. Continuo acreditando que enquanto
ainda poder pensar ter os dedos firmes este será o meu exercício para continuar
minha sina escoteira que enfrento desde menino. Esses tempos, que não são
velhos tempos não me dão mais tempo para saber quanto tempo ou rumo irei tomar.
Persisto enquanto tiver a mente viva, vou no caminho a seguir, fazendo meu nó
de frade, ajudando alguém com o aselha ou o Balso pelo seio e se aparecer algum
sinal a evitar evito, se aparecer algum obstáculo salto. A trilha está pronta,
a barraca está armada em algum lugar. Sei onde é o meu lugar, mas não vou parar
de seguir a trilha do meu destino até que um dia possa encontrar o “Voltei ao
Ponto de Reunião”! Desculpem, obrigado por tudo!
Nota – Meus amigos
e irmãos escoteiros, a vida passa e a gente também passa com a vida. Estou em
dívida com muitos que curtem e principalmente com os que comentam meus escritos
por não dar um alô, um muito obrigado ou mesmo um curtir. Está muito difícil postar
e difícil seguir a todas as publicações. Será assim agora daqui prá frente e
sei que vão entender. Mas lembrem-se, meu muito obrigado sai do coração, meu
sempre alerta da minha alma. Abraços fraternos.
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