Contos de
Natal.
E Sofia fugiu
de casa na noite de natal!
Uma história
para Lobinhos.
¶ Em algum lugar além do arco-íris
bem lá no alto
Tem uma terra que eu ouvi falar Um
dia numa canção de ninar ¶
-
Sofia, hora de dormir, não fique emburrada. Amanhã Papai Noel vai deixar muitos
presentes para você! – Não quero! Não quero o que pedi vocês não me deram. Diga
a Papai Noel que leve tudo de volta! Eu só quero ser uma lobinha e vocês não
deixaram. - Zenaide riu e apagou a luz. Sabia que ela ia dormir logo e amanhã
com seus presentes seriam só sorrisos. – Sofia sentou na cama quando sua mãe
saiu. Ela tinha tomado uma decisão. Demorou mas para ela não tinha outra saída
– Iria fugir de casa! – Afinal não era mais uma menininha, já ia fazer sete
anos e se sentia dona de si. – Vou esperar todos dormirem e eles nunca mais me
verão! – O dia estava amanhecendo, Sofia sorria. Ela estava em uma linda
estrada cheia de flores, tinha rosas, jasmim, violetas e um perfume
maravilhoso. O sol estava nascendo quando ao seu lado apareceu um Coelho,
enorme, sorrindo. – Veja Sofia eu também sou um Escoteiro e vou levar você para
a terra Maravilhosa onde moram todos os escoteiros!
¶ Em algum lugar além do
arco-íris Os céus são azuis
E os sonhos que você ousa sonhar Realmente
se realizam ¶.
Sofia não cabia em si de contente.
Ela conhecia os coelhos e sabia que todos eles são bondosos e não ia lhe fazer
mal. – Quer um biscoito Sofia? Disse o Coelho. – Como você chama senhor Coelho?
– Eu Sofia? Em me chamo Shere Khan, sou
da Alcateia dos sonhos. – Sofia sorriu novamente. Começou a comer o biscoito,
não estava com fome, mas não ia desapontador o Shere Khan.
Na
curva daquela linda estradinha ela avistou uma oncinha parda. Ela estava
chorando. Sofia se aproximou: - Porque choras Oncinha? Sofia eu me chamo Hathi.
Pois é Hathi, veja aqui tudo é lindo, as flores são belas e o céu de um azul
sem igual! – Não precisa chorar em um lugar tão bonito! - Você não sabe?
Respondeu Hathi. Choro pela sua mãe, pelo seu pai, pelo seu irmãozinho
Nequinha, eles sentem falta de você! Estão tristes na casa que você os deixou!
– Mas eu vou voltar Oncinha, eu vou voltar um dia, só quero ser lobinha por
algum tempo! – O Coelho Shere Khan
fingia
tristeza, mas ele por dentro sorria. Ele nunca mais iria deixá-la voltar para
casa. E os três continuaram na estrada até que avistaram um enorme castelo.
Negro, nuvens cinza cobriam seu teto. De vez em quando uma chama de fogo subia
aos céus.
¶ Um dia vou fazer um pedido pra
uma estrela E acordar bem além das nuvens
Onde problemas derretem como
gotas de limão Acima das chaminés
É lá que você vai me encontrar Em
algum lugar além do arco-íris Pássaros azuis voam
Pássaros voam por cima do
arco-íris Então por que, por que eu também não posso? ¶
Sofia parou assustada. O Coelho Shere Khan
gritou – Não pare, naquele castelo tem
chocolate, tem sorvete, tem tudo que gostas e não tem agora! Hathi segurou com
a pata o seu ombro. Não vá Sofia, vais encontrar uma feiticeira má, ela vai te
prender na masmorra e nunca mais vai sair. O Coelho Shere Khan
respondeu: Não acredita em mim Sofia, afinal sou um protetor dos lobinhos. -
Ele mente Sofia, ele não é seu amigo, nunca foi – Disse Hathi. – Sofia viu o
castelo mudar, ficou branco como a neve, uma fumacinha com cheiro gostoso de almoço
da mamãe saia da chaminé. Sofia foi. – Entrou no castelo. Quis voltar e não
pode. Uma mulher magra, com um chapéu cônico na cabeça dava gargalhadas.
Obrigado Shere Khan, vamos ter um lauto almoço. – Um clarão se fez. Um enorme
leão apareceu. Juba enorme, todos sabiam da sua força. – Nela ninguém tasca!
Berrou o leão. Venha comigo Sofia, sou o leão da montanha e amigo do lobo
Akelá. Vou te proteger!
¶ Um dia vou fazer um pedido pra uma estrela E acordar bem além das
nuvens
Onde problemas derretem como gotas de limão Acima das chaminés
É lá que você vai me encontrar Em algum lugar além do arco-íris Pássaros
azuis voam
Pássaros voam por cima do arco-íris Então por que, por que eu também não
posso? ¶
O Leão da Montanha pegou Sofia
pela mão, deu um enorme urro e saiu do castelo levando Sofia e a Oncinha Hathi.
Estava escurecendo, ela não viu mais o Leão da montanha. Ele tinha partido e
não avisou. Hathi a oncinha também não estava ali, agora sozinha na estrada
Sofia teve medo. Não havia lua, não havia estrelas, estava tudo escuro. Sofia
começou a chorar. Não se sabe de onde milhares de vagalumes começaram a voar em
volta de Sofia. Tudo ficou claro. Uma enorme Coruja pousou em seu ombro. – Não
chore menininha. Vou levar você para a casa do Duende Cor de Rosa. Lá você
poderá dormir e descansar. Tenho certeza que o Duende que se chama Balu recebeu
Sofia com um sorriso. – Vamos comer mocinha, amanhã vou levar você de volta
para casa. Não sentes saudades? – Sinto Senhor Balu, mas ando muito triste
minha mãe e meu pai não fazem nada do que peço. – Balu olhou nos olhos de
Sofia. – Quantos anos tem mocinha? – Sou dona de mim Senhor Balu, já vou fazer
sete anos! – Hummm! Pensou o Balu. E seu pai e sua mãe quantos anos têm? Minha
mãe tem vinte e oito e meu pai trinta e dois.
¶ Se felizes
passarinhos azuis voam Para além do arco-íris Por que, oh por que eu também não
posso? E
andaremos horas inteiras, sob o
sol quente de verão! E pisaremos
sobre a poeira que se eleva fina
do chão! Longo é o caminho, longo,
longo, Mas andaremos sem parar! Duro é o caminho, duro, duro, Cantemos para não cansar! ¶
- É Sofia, você está ficando
velha, veja no espelho e me diga, não está velha demais? – Sofia olhou em um
enorme espelho da sala. Ela estava velha, cabelos brancos. – Esta aí não sou eu
respondeu Sofia. – É sim disse o Balu. É você mesmo, afinal você não disse que
sabe tudo? Não disse que já é dona da sua vida? Não fugiu de casa pensando que
não precisava de ninguém? – Sofia começou a chorar. Chorou tanto que acordou no
colo da sua mãe que a beijava. – Não chores meu amor. Sua mãe está aqui! Venha,
já amanheceu o dia, vá ver seus presentes e não esqueça o envelope na árvore de
natal!- Sofia desceu as escadas correndo. No envelope estava seu maior presente.
A autorização para ela ser lobinha. Todos queriam que ela fosse no próximo
sábado. – Sofia correu e pulou no colo do seu pai que sorria, sua mãe veio e os
três ficaram abraçados e Sofia agradecendo seus sonhos. No alto da escada ela
viu com muito amor o Balu, a Bagheera e Hathi. Todos sorriam para ela!
¶ E se os espinhos cortam a estrada E se o cansaço nos ferir, Que nossa
voz se eleve mais forte, Pra mais
alegria sentir! Longo é o
caminho, longo, longo, Mas
andaremos sem parar! Duro é o
caminho, duro, duro, Cantemos
para não cansar!
E se a estrada é longa, imensa, Não poderemos esquecer, Que ela nos leva à luz, alegria, Verdade e ideal de viver! Longo é o caminho, longo, longo, Mas andaremos sem parar! Duro é o caminho, duro, duro, Cantemos para não cansar! ¶
E se a estrada é longa, imensa, Não poderemos esquecer, Que ela nos leva à luz, alegria, Verdade e ideal de viver! Longo é o caminho, longo, longo, Mas andaremos sem parar! Duro é o caminho, duro, duro, Cantemos para não cansar! ¶
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