Pequenas
historias escoteiras.
Luana.
Prólogo:
“Existe somente uma idade para a gente ser feliz, somente uma época na vida de
cada pessoa em que é possível sonhar e fazer planos e ter energia
bastante para realizá-los a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.
Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver
apaixonadamente e desfrutar tudo com toda intensidade sem medo nem
culpa de sentir prazer”.
Sol a pino. A
trilha era boa para caminhar. O local de acampamento estava longe. A tropa
caminhava devagar naquelas campinas verdejantes. A ordem veio sonora e
agradável da Chefe Escoteira. – Hora de descanso. Vinte minutos, aproveitem e não
se esqueçam dos ensinamentos de jornadas. Pés para cima e corpo reto! Luana
sorriu. Exausta tiro o tênis e pós os pés na água fresca do remanso. Fria, gostosa, incrivelmente saudável.
Peixinhos
pulavam pareciam saudar as meninas Escoteiras. Luana pensou na frase de sua
Chefe: - Esqueça os piores momentos da sua vida e faça os melhores se tornarem
inesquecíveis. Luana sorriu. Ela sabia que sorrir não mata, viver não dói.
Abraçar não arde. Beijar não fere. Rir não machuca. Ou seja, ela tinha motivos
enormes para não desistir de ser feliz.
Luana amava ser escoteira. Sua mãe lhe disse: - Filha se quer
participar faça valer a pena, as oportunidades não voltam. Olhou em um galho
próximo um Pardal saltitava próximo ao seu ninho. Viu o Pardal dar comida aos
seus filhotes. Hora do almoço?
Luana conhecia
a vida do Pardal Amarelo. Ele foi introduzido no Brasil em 1906 para controle
biológico de insetos. Ele se dá bem nas matas, em habitats abertos e até na
zona urbana. Elas se reúnem ao entardecer em bandos barulhentos, que não se
aquietam até que a noite chegue. Elas as femeas constroem seus ninhos em
qualquer lugar. Na castanheira em frente sua casa eles chegavam às tardes
barulhentos e saiam com uma algazarra enorme.
Ela já tinha visto um belo
ninho em um poste de iluminação. Luana calçou o tênis. A água estava fria e
gostosa. Sentiu seus pés sorrindo com o toque de pequenos peixinhos. Uma bela
Acará olhava deliciosamente para ela.
A Chefe apitou, hora de partir, programaram
chegar à noitinha no local do acampamento. Monitoras saudando e apresentando a
Patrulha a Chefe. Grito e na trilha, sol da tarde um sorriso e ela sabia que a
vida lhe reservou ser feliz. Luana era assim, viver de bem com a vida. Afinal
aprendeu que devemos querer o bem, plantar o bem e o resto vem.
Todas as escoteiras olharam para ela espantadas quando deu uma enorme
gargalhada. – Olhou para Escoteiras sorrindo e gritou: - Eu nasci para ser
feliz, não para ser normal!
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