Recordações.
O acampamento vai
chegando ao fim. As noites sob o céu de estrelas deixarão de existir. O momento
final é glorioso. Todos estão a lembrar da luta dos dias de construção. A manhã
do último dia chega sem ninguém perceber que o que vale na vida é o ponto de
partida e não a chegada. Cada um olha sua construção, sua mesa, seu fogão, sua
barraca e os olhos lacrimosos sabiam que no final tudo ia ao chão. Nada ficaria
a não ser o espirito criado, a amizade sem adornos os fraternos abraços e as
boas ações. Agora só o sol era testemunha do fim da jornada. Quando ele se por
no horizonte, todos sem exceção voltaram ao ponto de reunião. O Chefe geral
falou alto a Tropa formada: - No fim tudo da certo, e se não deu certo é porque
ainda não chegou ao fim. Acredito, o acampamento é assim, um céu que pouco
anoitece e a patrulha se despedindo pensando no seu retorno e a árvore do campo
dizendo chorosa: - Adeus! Nada ficou sem desfazer.
Melhor chorar na
bandeira quando ela farfalhar no vento fazendo-a descer devagar. Pensamentos
tão sós dizendo que um dia tudo de novo vai recomeçar. No futuro virão outros acampamentos, se agora
é o fim o recomeço está próximo. É como se fosse uma trilha que a gente vai
descobrindo sem perceber onde a trilha começa e a barraca armar. Não se faz
pacto com o tempo. Não existem tarefas impossíveis de realizar. Todos aguardam
o novo acampamento que vai chegar. Agora é contar as horas como se fossem
eternidade de momento. Sempre Alerta Campo! É hora de partir! Não fique
tristonho, sorria, pois em breve irei voltar!
Escoteiros alerta! Bom
campo... Debandar!
Feliz aquele que um dia
dormiu no manto das estrelas, como se fossem barracas forradas ao luar. Vou dormir
bons sonhos, muita paz.
Boa noite.
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