Contos
de Fogo de Conselho.
O
sabor da ternura.
Um Escoteiro daqueles aventureiros
e descobridores de terras longínquas caminhava em uma trilha quando observou um
pequeno rio que começava tímido por entre as pedras. Como ele era um aventureiro
gostava de aventurar-se por “mares nunca antes navegados” resolveu seguir o rio
por longas distancias. Aos poucos ele foi tornando um rio maior. O Escoteiro
sorriu para si mesmo e aceitou o desafio seguindo-o por muitos quilômetros.
Notou que após percorrer uma boa dezena de quilômetros
o que era um pequeno rio dividiu-se em dezenas de cachoeiras, em um esplêndido
espetáculo de águas cantantes. Ele ficou maravilhado com aquela visão e a
melodia das cachoeiras atraiu mais e mais o Escoteiro que se aproximou de onde
vinha o som e foi descendo entre as pedras ao lado de uma das cachoeiras.
Foi então que ele finalmente
descobriu uma gruta onde a natureza criara com paciência caprichosa, lindas formas
na gruta. Destemido, pois era um Escoteiro famoso pelas suas grandes
descobertas ele foi adentrando, admirando sempre mais as pedras gastas com o
tempo.
Para sua surpresa de repente ele
descobriu uma placa feita a mão com uma ponta de aço encrustada nas pedras.
Ficou surpreso ao ver que alguém estivera ali antes dele. Com sua lanterna,
iluminou os versos que nela estavam escritos. Eram versos lindos do grande
escritor Tagore que recebeu o prêmio Nobel de literatura há muitos e muitos
anos atrás. Dizia: - Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a
água, com sua doçura, sua dança e sua canção.
O Escoteiro um grande
aventureiro e explorador terminou a leitura na pedra: - “Onde a dureza só faz
destruir, a suavidade consegue esculpir”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário