Fábulas escoteiras.
A escoteirinha dorminhoca.
Apenas nove meses na
tropa Escoteira. Valeu. Adorava. As reuniões os acampamentos tudo. Glorinha era
uma menina esperta. Esperta mesmo. Todos diziam que era uma preguiçosa. Será?
Ela não achava. Dizia ser uma sonhadora. Nas reuniões vibrava com jogos e
outras diversões. Detestava fazer a limpeza na sede ou mesmo boas ações que a
Patrulha criava. Nos acampamentos se deliciava. Claro, não armava a barraca,
não cortava bambus (dizia que suas unhas eram perfeitas.). Lavar panelas? Nem
pensar. O que ela gostava mesmo era depois do almoço procurar uma sombra e
dormir! Como dormia.
Todas gostavam de Glorinha. Mas reclamavam muito. Ela não ajudava. Só
vivia com pensamentos sonhadores. Um dia ela dormiu embaixo de um abacateiro
frondoso. Sua Patrulha limpava o campo e lavava o vasilhame do almoço. Glorinha
escapuliu e lá foi tirar sua soneca. Acordou era noite. Não viu ninguém. As
barracas não estavam mais lá. Suas amigas escoteiras desapareceram. Glorinha
ficou desesperada. Passou uma senhora idosa com um punhado de madeira na
cabeça. – Me ajude minha filha! – Não posso – disse. Estou cansada. Passou um
menino puxando um jumentinho que empacou. – Me ajude Escoteira – Não posso,
estou cansada. Passou um homem pastoreando várias ovelhas. Uma correu. Ajude-me
menina Escoteira! – Não posso estou cansada.
Fechou os olhos preocupada. Onde todos tinham ido? Levaram inclusive sua
mochila. Por quê? Um homem alto com cheiro de enxofre se aproximou. Tinha dois
chifres na testa. Seus olhos vermelhos. Não tinha cabelos. Vestia uma capa
preta que parecia sair fumaça. – Vim buscá-la disse. - Para onde? Perguntou.
Para minha morada. Lá você vai gostar. Não precisa fazer nada. Lá ninguém faz
nada. Só esquentar no foguinho que tenho. Fritar um braço, uma perna. Você vai
adorar. Vai ficar toda “fritinha” e não vai fazer nada. Ele a pegou e a jogou
em um buraco profundo. Glorinha gritou, e gritava quando acordou espantada. Um
abacate caiu na sua testa e viu a Patrulha em volta dando risadas.
Ela viu que tinha sonhado. Aprendeu a lição. Morar com o diabo? Nunca
mais. Agora fazia tudo. Lavava as vasilhas sorrindo. Cortava bambus. Armava a
barraca e todas viram que Glorinha agora era outra. Era a que mais vibrava com
boas ações. Nunca mais Glorinha cochilou debaixo de arvores. Ela sabia que o
diabo quando dá uma mão ele tira com as duas e quem com o diabo deita com o
diabo amanhece. Cruz credo!
Para encontrar o diabo, não é preciso
madrugar. Nem sempre o diabo é tão feio como o pintam. Mas eu aviso aos
lobinhos, as lobinhas, os escoteiros e as escoteiras, cuidado com o diabo.
Todos os diabos são parecidos e certamente vocês sabem que o diabo não é gente.
E ele gosta muito de jovens do escotismo que tem preguiça e não cumprem sua
promessa. E detesta a Lei Escoteira! Portanto se orgulhem e façam da Lei a vida
de vocês. E livrem-se do Diabo! Risos.
O
Diabo criou o medo, a dúvida e a preguiça. Deus criou a coragem, a certeza e a
persistência. Cabe a nós escolhermos: - Servir a luz, ou, as trevas.
Divirtam-se com a fábula de Glorinha, uma historia da carochinha feita para
lobinhos.
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