“Um Chefe chamado
Tonho”.
- Tonho debruçado na janela
olhava os passantes sem falar. Sua mente corria solta tentando costurar os
erros e acertos de sua vida. A conversa com Tico foi à gota. Não foi a primeira
e sabia que não seria a última. – Chefe, Prisco meu amigo que é Escoteiro no
outro grupo me disse que sou pirata. Perguntei a ele o que significava – Ele
disse que o Chefe dele dizia que éramos intrusos e não tínhamos direitos.
Tentou me convencer a passar para eles.
– O que fazer quando um
Escoteiro seu diz isto para você? Outras vezes um ou outro que não sabiam das
diferenças perguntavam: - Chefe, porque não podemos participar das atividades e
acampamento deles? – Afinal não somos todos irmãos? – Seria sua culpa? Tinha
sido Escoteiro, fez uma promessa, amava a seu modo o movimento. Admirava o
método do fundador. Agora adulto resolveu fazer uma Tropa. Uma experiência, sem
a estrutura de um Grupo Escoteiro. As exigências para iniciar não o agradaram.
O registro mais ainda. Soube que as normas eram cobradas para tudo.
- Não tinha diretores. Para dar uma satisfação
convidou a mãe de Ricardo uma simples lavadeira para ser a presidente. A Tropa
cresceu. Dois anos e agora estavam completos. Vinte e oito escoteiros. Menos de
um ou dois saiam por ano. A procura enorme. Não queria quantidade e sim fazer o
escotismo que acreditava. Confiava nos monitores, às patrulhas saiam sozinhas,
acampavam sozinhas. Dar responsabilidade era sua maneira de ver a formação
escoteira.
- Fora assim com ele. Quando Juvenal o
procurou para dizer que ia organizar um Grupo filiado a Direção Nacional ele o
parabenizou. – Precisamos de mais escoteiros disse. Mas não foi bem assim.
Exigiram de Juvenal o distanciamento. Ele queria fraternidade e encontrou animosidade.
Os meninos de um e outro se conheciam, mas na farda eram desiguais. Agora eram
piratas, ameaçados de extinção, diziam que seriam levados as barras dos
tribunais.
- Ouviu ao longe o cantar do Hino Rataplã.
Eram os Touros chegando do acampamento. O povo da cidade aplaudia. Os
escoteiros com suas mochilas, tralhas e carrocinha de peito estufado marchavam
com garbo. Pararam em frente sua janela:
– Sempre Alerta Chefe! Patrulha Touro se
apresentado após o acampamento! – Sorriu. As preocupações ficaram para trás.
Ele sabia que formava meninos para serem o futuro da nação. O escotismo não
tinha dono era de todos. – Sempre Alerta Touros! Parabéns! Estou orgulhoso de
vocês!
nota: - Apenas uma história... Fictícia é
claro. Nem sei por que a escrevi. Pequena, sem muitos tchãs! Adoro contar
histórias. Elas vêm a minha mente e eu corro para meter os dez dedinhos no
teclado. A mente já sabe o que escrever. Apenas uma história e nada mais!
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