Uma pequena pena branca balançando no ar...
Não tinha prestado
atenção. Absorto em meus pensamentos não vi a pena branca voando em minha
direção. Era pequena, muito pequena e o vento calmo do momento fazia dela sua
diversão só porque ela era pequena, dócil e fácil de manusear. Fiquei olhando e
ela parecia bailar no ar. Pairava como uma pluma feita de ar balançando em
minha frente tentando atrair minha mente...
Tentei não olhar para ela.
Tinha questões a resolver. Segunda Feira brava, contrariedades e contratempo do
meu tempo que sempre adiei e nunca quis fazer. Fechei os olhos... Ela passeou
levemente acariciando minha tez e subiu de novo como a dizer que ia partir.
Olhei para ela... Firme... Queria perguntar o que queria de mim. Sabia que não
ia falar, nem mesmo podia decidir. Só o vento para mostrar que era seu amo e
senhor.
Ah! Se meu problema fosse
uma pequena pena branca perdida no ar... Vi meu transporte se aproximando.
Continuei a olhar a pena solta no ar. Ah! Lembrei-me de Fernando Pessoa: - Ás
vezes ouço o passar o vento, e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter
nascido... E a pena levada pelo vento no ar?
Levantei, caminhei até o
ponto. Olhei para trás e a pena sumiu. Foi levada pelo vento. O Chofer me olhou
de esguelha... Vai? Pensei em não ir, procurar a pena que o vento levou.
Relutante subi, sorri não vi a pena solta no ar, mas meu transporte estava
cheio de lobinhos, aqueles adoráveis azulões que espantados me olhavam sem
saber quem era eu... Era somente um velho Escoteiro, de uniforme e chapelão!
Nota
- Alô, bom dia! Olá, como vai você? Um olhar bem amigo, um belo sorriso e um
aperto de mão? Pois é, e a gente fica sem saber como e porque, neste dia
bonito, se sente feliz e sai a cantar uma alegre canção! Vem comigo?
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