Lendas Escoteiras.
Era uma
vez... Na Morada da felicidade...
Era uma vez, em uma cidade
muito distante, existia um Grupo Escoteiro que se chamava “Morada da Felicidade”.
Era um grupo onde todos eram muito felizes. O sorriso contagiante ali era
espontâneo. Uma prática que todos os membros do grupo faziam questão. Os
abraços, os apertos de mão, os elogios, e a vontade de servir eram ponto de
honra para todos. Não havia tristezas e parecia que eles tinham alcançado o
Caminho para o Sucesso, ou melhor, da felicidade.
Barbas Brancas era o
"Chefe" Escoteiro deles. Um verdadeiro pai. Amigo, sincero e sempre
junto para ajudar no que fosse necessário. Havia também inúmeros chefes que
colaboravam sem reclamar. Rosa Prateada a Akelá, Esquilo Sorridente o Chefe da
tropa, Lobo Vermelho o Chefe Sênior e tantos outros que se amavam e se
respeitavam. Nos dias de reuniões, parecia que o céu ficava mais azul e o sol
brilhava só para eles. As estrelas cintilantes escondidas naquela hora do dia
ficavam aguardando ansiosas quando eles estiverem cantando em um Fogo de Conselho
lá na Floresta Verdejante, ou no Bosque da Prosperidade onde sempre montavam
suas barracas verdes e amarelas.
Um dia, porém o
inevitável aconteceu. O pároco da igreja onde eles tinham a sede chamou Barbas
Brancas e deu a notícia fatídica – Peço desculpas, mas vocês têm dois meses
para desocupar a sede. Recebi instruções de Vossa Eminência o Bispo Matusalém,
que todas as paróquias devem ter uma sala própria para utilização da Congregação
dos Vicentinos que irão dar apoio total as nossas realizações coisas que vocês nunca
fazem. Infelizmente – continuou – Só temos essa sala para eles.
Não haveria acordo. Não
haveria recuo. Dois meses e a sede desocupada. Trinta anos ali, trinta anos
formando cidadãos honestos na comunidade. O coração de Barbas Brancas bateu
forte. Seus olhos ficaram molhados das lágrimas. O Conselho de Chefes tomou
conhecimento de tudo. Planos, discussões foram postos em prática. Dois meses.
Muito pouco tempo. Eles não sabiam como agir. Nunca tiveram ódio, rancores e
nem sabiam como brigar pelos seus direitos. Em seus corações só habitavam o
amor e o carinho.
Na reunião da semana,
no cerimonial de bandeira Barbas Branca chorando contou a todos que ali não
seria mais a sede do Grupo Escoteiro. De felizes que eram agora só se ouvia
lamentações, lágrimas, queixas e todos acreditavam que a Morada da Felicidade
nunca mais iria existir. Aguas cristalinas, uma guia chorou alto. Serra
Alcantilada o Monitor Sênior começou a rezar. Até Ventos na Face um Pioneiro antigo
não sabia o que dizer.
Olhos azuis um
lobinho da matilha cinzenta e Sorriso Encantador uma Lobinha sua amiga foram
para um canto da sede e não choravam. Eles eram firmes nas suas palavras e
ações. Diziam que deveria haver uma saída. Deixaram a reunião, subiram as
escadas e procuraram o pároco. Este nem ligou. Se quiserem resolver falem com o
Bispo Matusalém. Foi ele quem ordenou.
Pegaram o ônibus. Palácio
Episcopal. O Secretario dizia que o bispo não podia atender. Por quê? Se ele
viveu tanto, mais de mil anos deve ser um sábio. Afinal todos dizem que ele é
um homem bom. Filho de Enoch e agora não pode nos receber? – O Bispo Matusalém
passava por ali na hora. Sorriu divertido. – Quem são vocês? Perguntou. – Eu
sou Olhos Azuis, lobinho da matilha cinzenta. Sou segundo primo e tenho a
segunda estrela, essa é minha amiga, Sorriso Encantador, também segunda estrela
e da minha matilha. Sabemos a lei do lobinho de cor e sabemos que o senhor é o
culpado da nossa infelicidade.
Logo a seguir beijaram o
anel pastoral e fizeram uma genuflexão diante dele. O Bispo Matusalém assustou.
Por quê? Disse – Porque Vossa Eminência tomou nossa sede, o pároco disse que
temos de morar na rua! E agora? Pensou ele. Venham comigo disse. Foram até a
sala de visitas. O Bispo Matusalém serviu chocolate e biscoitos amanteigados.
Obrigado Eminência, mas não podemos. Na matilha ou todos comem ou não comem nenhum!
O Bispo mandou seu
secretário preparar o carro. Foi até a sacristia e pegou duas latas de
biscoitos e muitos chocolates. Olhos Azuis e Sorriso Encantador entraram no
carro e foram com o bispo até a sede do Grupo Escoteiro Morada da Felicidade.
Uma festa. Veio o pároco. Ordem do Bispo, a sede é de vocês por centenas de
anos! O Bispo Matusalém distribuiu chocolate e biscoitos amanteigados a
escoteirada. Ficou amigo de todos. Barbas Brancas sorria. Águas Cristalinas,
Serra Alcantilada e Ventos na Face batiam palmas.
A paz voltou a reinar no
Grupo Escoteiro Morada da Felicidade. O sorriso e a alegria voltou. Barbas
Brancas agradeceu a Olhos Azuis e Sorriso Encantador. Deram a eles uma enorme
salva de palmas seguida da Palma Escoteira. Eles aprenderam que o Caminho para
o Sucesso é de todos. Basta querer. Olhos Azuis e Sorriso Encantador contou na
Pedra do Conselho que as dificuldades se resolve quando estamos preparados para
pular por cima. Já diziam os poetas que as dificuldades são como as montanhas,
aplainam-se quando avançamos sobre elas e quanto maior a dificuldade, tanto
maior é o mérito em superá-las.
E eles, os escoteiros
sonhadores da Morada da felicidade viveram felizes para sempre!
Moral da história – Nos
Grupos Escoteiros onde existem diálogos, entendimentos, compreensão, sorrisos e
fraternidade nada é impossível. Quando a fraternidade existe todos viverão felizes
para sempre!
Nota de rodapé: - Uma história, um conto,
quem sabe uma fábula onde a Moral da história é verdadeira. – Nos Grupos
Escoteiros onde existem diálogos, entendimentos, compreensão, sorrisos e
fraternidade não existe a palavra impossível. A união faz a força e a
fraternidade faz o resto. E assim todos irão viver felizes para sempre!
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