terça-feira, 16 de julho de 2019

A mais linda canção Escoteira de todos os tempos. Uma história, uma lenda escoteira.




A mais linda canção Escoteira de todos os tempos.
Uma história, uma lenda escoteira.

Prólogo: - Todos os dias deveríamos ler um belo poema, ouvir uma linda canção, contemplar um belo quadro e dizer para seu amor algumas palavras bonitas... Eita, eu de volta. Frio de doer. Enrolado na manta sinto saudades de uma fogueira. Quantas? Quer mesmo saber? Veja quantas estrelas tem no céu. Ainda mais prá lá do que prá cá, uma saudade danada de escrever. O Velho Chefe está de volta...  

                          Era uma vez... Velhos e longos tempos! Era assim chamada e é assim conhecida a Canção da despedida. Em Inglês Auld Lang Syne. Posso estar enganado, mas não existe ninguém que tenha passado pela trilha de Baden-Powell que não tenha cantado e se emocionado com esta linda canção. No mundo escoteiro tem histórias para contar. Histórias que ficaram no tempo e outras que irão acontecer. A lenda é real. Dizem que na virada do ano a humanidade festeja a ida de um e a chegada de outro. Países do mundo inteiro celebram cantando Auld Lang Syne. Orquestras tocam esta melodia de diversas formas, pessoas irão se abraçar alguns terão lágrimas nos olhos a lembrar do ano que se foi. Cantam mesmo que para alguns não foi bom. Costumava sentar em minha varanda nas tardes saudosas e ouvir meu LP de Guy Lombardo tocando Auld Lang Syne. Nossa querida canção da despedida.

                         Conta-se a lenda ou quem sabe a verdadeira historia desta melodia tão popular conhecida no Velho mundo que a letra original é de um poema escocês escrito por Robert Burns em 1788. Dizem que significa “Velho e longo tempo” alguns chamam de “Muito tempo atrás” e tem aqueles que dizem se chamar “Como nos velhos tempos”. Não importa o nome original, para nós escoteiros ela é a Canção da Despedida. A nossa eterna Cadeia da Fraternidade. Não sei quem adaptou nova letra a esta melodia tão maravilhosa que nos marca em todas as ocasiões quando cantamos. Ela ressoa na memória e bate fundo no peito e no coração Escoteiro. É bela demais. Ela nos dá a certeza que nunca vamos nos separar que bem cedo junto ao fogo vamos nos reunir outra vez. No Brasil não temos a tradição de cantá-la na virada do ano. Temos sim a tradição de cantar no final do Fogo de Conselho, nos encontros escoteiros, e fins de acampamentos.

                           Aprendemos a entrelaçar as mãos, apertar fortemente, cantar se emocionar e muitas vezes chorar. Quem não chora? Ali naquele círculo de amor cantando não tem durões. Todos de uma maneira ou de outra choram. No fundo do coração bate forte uma saudade uma vontade de dizer “Eu te amo” gritar naquela noite sem lua ou com lua, que o escotismo mora no meu coração para sempre. Quando temos a nossa frente uma fogueira, chamas com fagulhas subindo aos céus, olhares de amigos presentes lembramos também dos que já se foram quando cantamos esta canção. As lembranças irão povoar para sempre em nosso passado. Que seja em uma simples atividade escoteira ou de um acantonamento de lobinhos ela irá marcar para sempre. Dizem que nos fogos de conselho ninguém nunca esquece. Eu cantei em lugares incríveis. Cantei em florestas em lugares inóspitos, cantei olhando estrelas cantei até mesmo quando a chuva caia.

                   A considero a mais sublime das canções Escoteiras. Nunca esqueci a primeira vez. Meu primeiro acampamento. Saudades demais. Penúltimo dia, última noite. Um fogo de conselho só da tropa. Fico arrepiado só em lembrar. Foi demais. Brinquei, fingi ser um padre, aprendi palmas escoteiras, palmas do silencio, da batida no peito, do tambor, do dedinho e do trem. Mas no término o Chefe pediu para entrelaçarmos as mãos. Não conhecia a letra, fui ouvindo e aprendendo. Comecei a entender o que ela dizia. A emoção era demais. Tocou-me fundo o coração. Lágrimas começaram a correr pelo meu rosto. Terminada a canção, fogueira ainda com brasas crepitando, estrelas brilhantes no céu, vento frio, brisa no rosto, cheiro da terra, do capim meloso, grilos saltitando, vagalumes mostrando seus brilhos... Um silencio enorme. Um olhando para o outro. Tentando disfarçar as lágrimas. Trombeta tocando. Final. Reunir, Boa noite escoteiros! É ninguém esquece. Não dá para esquecer!

                    Não tem escoteiro que não conhece a letra. Porque perder as esperanças, se vamos nos tornar a ver. Com as mãos entrelaçadas não é mais que um breve adeus... Meu irmão escoteiro, não é mais que um até logo... Um dia certamente o Senhor vai de novo nos juntar! Letra supimpa, linda, maravilhosa, tentei descobrir quem a escreveu, não consegui. Deve ter sido um iluminado que escreveu a letra como um anjo Escoteiro.

                   De vez em quando penso se ela dói se machuca, se a saudade marca ou se toca silenciosamente em nosso coração. É uma situação inusitada. Se contarmos para amigos eles vão rir de nós. Vão achar que somos tolos, nostálgicos. Eles não sabem o que significa para nós. É linda demais. Sempre lágrimas a cair sobre a terra, nosso chão abençoado quando cantamos. Não sei se conhecem a letra original. Aquela escrita por Robert Burns. É linda, mas não se compara com a nossa. Sei que é uma canção imortal. Hoje, amanhã, no futuro milhões e milhões de pessoas pelo mundo estarão cantando e desejando que não seja mais que um até logo, não seja mais que um breve adeus. Amo demais essa canção e quando canto lágrimas aparecem sem eu poder dominar. Auld Lang Syne me faz pensar na vida, nos velhos tempos que nunca serão esquecidos. Pelos velhos tempos, ainda tomaremos um cafezinho no fogo de conselho, sei que percorremos colinas, montanhas vales coloridos, mas esta canção nunca será esquecida!

Aos meus amigos, deixo a letra original escrita por Robert Burns de Auld Lang Syne. A nossa não preciso escrever. É conhecida pelos milhões e milhões que um dia foram ou são escoteiros em todos os quadrantes do mundo.

- Os antigos conhecidos deveriam ser esquecidos e nunca lembrados? - Os antigos conhecidos deveriam ser esquecidos e os velhos tempos? - Pelos velhos tempos, minha querida, pelos velhos tempos; Ainda tomaremos uma xicara de bondade, pelos velhos tempos. - E certamente, você pagará pela sua e eu pela minha Ainda tomaremos uma xicara de bondade, pelos velhos tempos... - Nós dois já corremos pelas colinas, e colhemos margaridas, Mas já vagamos cansados por muitos lugares, desde os velhos tempos... - Nós dois remamos na corrente, do sol da manhã até a noite, Mas os mares entre nós já bravejaram muito, desde os velhos tempos. - Pelos velhos tempos, minha querida pelos velhos tempos. Ainda tomaremos uma xícara de bondade, pelos velhos tempos...

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Era uma vez... Em uma montanha bem perto do céu...

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