quarta-feira, 6 de maio de 2020

Era uma vez... Em uma montanha bem perto do céu...


Bem vindo ao Blog As mais lindas historias escoteiras.

Centenas delas, histórias, contos lendas que você ainda não conhecia. Venha leia uma duas e comprove. Quem sabe poderá utilizar em reuniões com dias chuvosos, frio intenso e até em acampamentos ou acantonamentos. Agradeço sua visita, volte sempre!
Chefe Osvaldo. 

Lembranças inesquecíveis. Luar do sertão.




Lembranças inesquecíveis.
Luar do sertão.

... – Fui um Administrador de fazenda... Até hoje sinto saudades dos cinco anos vividos as margens do Rio das Velhas e próximo ao São Francisco. O Velho Chico. Lembranças, belas lembranças que não se apagam. Escrevi ali tantas histórias tantas que nem sei como contar sob o céu estrelado de lá. Norte de Minas, Pirapora, inesquecível, até hoje sinto falta daqueles tempos... Daqueles momentos!

- Era uma casinha pequenina, pintada de branco, cheia de flores em volta. Cercada por dezenas de árvores não muito altas. Buriti, Jatobá, Pequi, Pau Terra, Tingui e tantas outras. Terra de cerrado. A casinha tinha dois quartos. Eu e Célia em um e os quatro meninos em outro. Uma salinha de nadinha com uma poltrona, uma cômoda com um pequeno rádio a pilha e mais nada. Uma cozinha estreita. Eu mesmo com a ajuda do Mané Vaqueiro e Antonio Tratorista construí um puxadinho atrás. Um fogão de barro, um forno de barro de onde saia gostosuras de bolos, biscoitos de polvilhos deliciosos e assados. Era de piso de terra batida e bancos toscos. Na frente da casa uma diminuta varanda. Uma cadeira de balanço e dois bancos de madeira.

Muitos jarros de plantas e centenas de bromélias, rosas brancas e vermelhas e outras que faziam um jardim florido em volta exalando um perfume inesquecível. Célia gostava. Ao lado da casa uns quarenta passos ela fez uma horta. Tomates, couve, repolho, pés de mandioca, cebolinha, batata doce, alface, pés de mamão, goiaba, taioba (adoro) e muito mais. Nos fundos há uns oitenta metros um chiqueirinho. Sempre com dois ou três capados no ponto. Mais a frente o galinheiro. Como tinha galinhas nossa senhora! Celia colhia tranquilamente uma a duas dúzias de ovos por dia. Franguinho a molho pardo uma vez por semana. Amigos da cidade adoravam quando aparecíamos com cestas enormes de verdura e ovos.

Como a gente era feliz. Sem preocupações das grandes cidades. Durante o dia o passear dos avestruzes, das galinhas d’angola, um ou outro veadinho que passava correndo, passarinhada que escureciam o céu fazendo um espetáculo fantástico. Na época certa as cigarras faziam a festa. À noite então! Coisa linda! Quando se aninhavam em frente a minha casa os vagalumes aos milhares eu apagava a luz. (Luz de gerador ligado só à noite). Não precisava, pois eles os vagalumes davam conta. Um espetáculo digno de se ver. No porto da fazenda um belo barco a motor. O Rio das Velhas ficava próximo ao grotão onde uma pequena cachoeira embelezava o rio cheio de esplendor. Na piracema todos ficavam boquiabertos com os pulos dos peixes querendo subir a corredeira. Descendo uns três quilômetros o Rio abraçava o Velho Chico. O Rio São Francisco. Gente, minha mente mexe comigo ao lembrar. – Célia quer comer um peixe? – Marido traga um pequeno, não tem mais lugar na geladeira. Geladeira movida a gás. Sempre cheia, carne de porco de vaca, de frango até de tatu e capivara. Meu cavalo sempre arriado. Sem pestanejar eu saia para pescar e trazia um dourado ou um pintado. Coisa de trinta minutos. Conversa de pescador? O Escoteiro tem uma só palavra!

Milhares de cabeça de gado. Quase dez mil. Cria recria e engorda. De manhã correr as curralamas para “escriturar” os novos bezerrinhos que chegavam ao mundo e depois ir vaquejar nas largas e a tarde tratorar um pouco nos piquetes da curralama. Leite à vontade, de graça aos que espichassem uma viagem até um dos currais. Célia adorava. Queijo mineiro, requeijão doces, manteiga, bolos e tantas guloseimas que é melhor nem lembrar. Dormia-se de janela aberta, o som de um veículo era considerado intruso na área. Água à vontade, até uma pequena piscina nós fizemos para a filharada. Hoje quando meus filhos me visitam e lembram-se dos tempos na fazenda à gente vê nos seus olhos lágrimas de saudade de um tempo que ficou marcado. A cidade de Pirapora ficava a menos de vinte e cinco quilômetros.

- Vovó Lavínia era uma grande amiga. Tinha o apelido de Vovó, mas era pouco mais velha que eu. Era uma Akelá de um grupo Escoteiro da Capital. Nunca se esqueceu da gente. Foi fazer uma visita de uma semana. Ficou lá duas. Só foi embora porque o colégio que ela lecionava mandou um telegrama raivoso. Rs. Não sabia que ela conversava com a natureza. Vi com estes olhos que a terra há de comer que a vi uma tarde acariciando o pêlo de um pequeno veadinho. Selvagem é arisco que só vendo. Eu a vi várias vezes conversando com os avestruzes que lá faziam sua morada. E olhe que eles eram também ariscos. Deixar alguém tocá-los? Nem pensar, mas ela tocava. Eu na verdade nunca tinha visto ninguém fazer isto, mas Vovó Lavínia tinha lá seu encantamento. Levei o maior susto quando vi uma cobra enorme que não identifiquei atrás dela. Gritei para ela correr, ela parou olhou para a cobra que se enrolou toda. Vai dar o bote pensei. Impossível, Vovó Lavínia agachou olhando e sorrindo para o réptil e parecia falar ou sussurrar para a cobra. Instantes depois a cobra sumiu no meio do mato e foi embora. Palavra de Escoteiro.

Uma noite sentados na varanda, filharada dormindo ela pôs os dedos nos lábios e pediu silencio. Eu e Celia prestamos atenção.  – Escutem falou baixinho! As estrelas estão cantando no céu! Gente, na fazenda havia o mais belo céu que tinha visto em minha vida. E olhe que estive em milhares de lugares por este mundão de Deus. Não precisava contar, eu sabia que tinha bilhões e bilhões de estrelas no céu. Uma via láctea que marcava qualquer um. Fizemos silêncio. Olhávamos para o céu. Ouvimos um som calmo e refrescante como a brisa da madrugada. Se foi o cantar das estrelas não sei, mas o som, as estrelas brilhantes, o vento calmo e ali ou acolá um vagalume tornaram aquela e outras noites parte de minhas lembranças nunca mais esquecidas, parte da minha vida. 

Quando ela foi embora sentimos uma tristeza enorme. Um vazio grande. Tentei várias vezes ouvir as estrelas cantarem. Nunca mais. Acho que preciso de mais tempo nesta e em outra vida para poder ouvir o cantar das estrelas. É eu era mesmo feliz e estes tempos ficaram marcados para sempre. Daria tudo para voltar no tempo. Mas o tempo não para. Dele só fica as lembranças, gostosas, incrivelmente belas para que possamos continuar a labuta nesta vida.

- Eu fui um Administrador de Fazenda, e até hoje as lembranças do gado, dos passeios de barco no Velho Chico, no Rio das Velhas, das viagens das comitivas, de dias fazendo calo nas nádegas, de ter sido um professor do MOBRAL de tantas coisas que não esqueço jamais!

terça-feira, 5 de maio de 2020

Contos ao redor da fogueira. Quando o fogo aquece a alma.




Contos ao redor da fogueira.
Quando o fogo aquece a alma.

... – Este conto é uma homenagem ao chefe Alexandre Fejes Neto, mais conhecido como chefe Lecão e grande escritor escoteiro. Em dezembro de 2016 tive a honra de conhecer e conviver com ele por algumas horas em seu grupo escoteiro em uma agradável conversa ao pé do fogo que deixou saudades. A ele meu Anrê e sei que lá no céu ainda está fazendo escotismo dos bons, uma de suas maiores escolhas desde que entrou para o Movimento Escoteiro. 

- Uma noite como as outras... Na grande cidade não se via estrelas, cometas e a lua não deu sinal de vida. Ventos calmos sopravam de leste para oeste. A chama pequena da fogueira tinha toda a atenção dos Chefes Cabeças Brancas e do Escoteiro a sua volta. Vez ou outra surgia um caso, um conto um pedaço de alguma lembrança.  Despretensioso o fogo não se importava quando alguém com um pequeno galho mexia e remexia nas suas brasas e ele danado soltava fagulhas no ar. Sem alarde um Cabeça Branca contou a história de Minarã, pois diziam que só ele possuía o fogo. Dizia à lenda que os Caingangues sabiam do valor da luz e o calor vindo do sol. Os alimentos ainda eram comidos crus. Minarã um índio de raça estranha, egoísta guardava para si os segredos do fogo. Sua cabana era constantemente vigiada e sua filha Iaravi era quem mantinha o fogo sempre aceso. Os Caingangues, porém, não desistiam de possuir o fogo também. Precisavam para sobrevivência e não se conformavam com a atitude egoística de Minarã.

Os Cabeças Brancas sentados em volta do fogo e o jovem Escoteiro olharam para o narrador que sentado com pernas cruzadas à moda índia, tirava pedaços quentes da lenda que nunca foi contada. Fiietó um inteligente e astuto jovem da tribo, decidiu tirar de Minarã o segredo do fogo. Transformou-se em gralha branca, apelidado Xakxó e partiu voando para o local da cabana e viu Iaravi banhar-se nas águas do Gôio-Xopin, um rio largo e translucido. Fiietó lançou-se no rio e se deixou levar pela correnteza ainda disfarçado de gralha. A jovem índia fez o que Fiietó previa. Pegou a gralha e a levou para dentro da cabana e ainda molhada sentaram em frente ao fogo. Quando secou suas penas, a gralha pegou uma brasa e fugiu... – Um interesse momentâneo surgiu no piscar das sobrancelhas dos Cabeças Brancas e do Escoteiro.

Minarã, sabendo do ocorrido perseguiu a gralha que se escondeu em um toca entre as pedras. Minarã tocou na toca até que viu a vara ficar manchada de sangue. Pensando que havia matado, Xakxó regressou contente à sua cabana. Esperto Fiietó esmurrara seu próprio nariz para enganar o índio egoísta. Saiu do esconderijo voou até um pinheiro. Ali reascendeu a brasa quase extinta e com ela incendiou um ramo de sapé, levando-o no bico. Mas com o vento o ramo incendiou-se e pesado caiu do bico de Xakxó. Algumas brasas caídas propagaram fogo nas matas e florestas distantes. Veio à noite e tudo continuou claro como o dia. Foi assim dias e dias. Os índios das tribos próximas nunca tinham visto tamanho espetáculo e cada um levou brasas e tições para suas palhoças.

Um dos Cabeças Brancas levantou e atiçou novamente a fogueira. Um outro tossiu provavelmente pelo orvalho da noite. Até o Escoteiro calado pensou qual seria o final do conto, da fábula que acabava de ouvir. Um dos cabeças brancas do Ar, falou com voz rouca para todos ouvirem: “Somos da terra... A terra somos... Todo dia é nosso... Os nossos somos todos... Precisamos usar nossa flecha da sabedoria com o arco da esperança e reconquistarmos o que éramos”. Seria uma conotação do fogo? De suas origens? Ou seria do seu “escoteirismo” tão vivido e que hoje não era mais?  E eis que lá no cantinho da Serra da Cantareira avistaram a lua surgindo, e ele saudoso dos seus tempos de Aeroplano, terminou assim: - “Procure conhecer-se, por si próprio. Não permita que outros façam seu caminho por você. É sua estrada, e somente sua. Outros podem andar ao seu lado, mas ninguém pode andar por você”!

E o fogo apagou o dia e a noite dos Cabeças Brancas e do Escoteiro. Dizem que um deles hoje mora no céu, alguns outros sobreviveram para contar esta história. Para um deles o Decano, foi seu último fogo do conselho até hoje lembrado e nunca esquecido. Saudades que ficam saudades que se vão saudades que não deixa a gente esquecer jamais!

segunda-feira, 4 de maio de 2020

Uma pequena historia. Amanhã eu vou!




Uma pequena historia.
Amanhã eu vou!

... - Conta na lenda da carimbamba, que toda lua cheia à meia noite um pássaro ia até a lagoa cantar: "-Amanhã eu vou, amanhã eu vou, amanhã eu vou..." Perto dessa lagoa morava uma menina muito bonita chamada Rosabela; acontece que Rosabela acordava toda noite para ouvir o canto triste da carimbamba. A lenda diz que quando ele cantava alguém morria e uma noite de lua cheia Rosabela morreu de amor. Em tempos que os pássaros de belos cantos e admirados e ameaçados, imagine para quem carrega a fama de ser agourenta e mal querida dos sertanejos que acreditam em sua maldição. O certo é que quase não se ouve mais o canto do “Coã” pelas matas do sertão.

- Foi nos belos tempos, no meu retiro na serra da Anta, fogueira acesa, árvores fazendo sombra eis que em um instante, posou na ponta do galho seco, no alto de uma Peroba-rosa bem próximo do meu acampamento, ele o conhecido “Amanhã eu vou” e não se sabe se vai voltar. Era ele sempre ele o Bacurau. Cantou docemente fazendo dueto com um Urutau, ajudado pelo Curiango que cansado voou pela serra do mar. O “amanhã eu vou” ressoou por toda parte da serra e até chegou ao vale onde um dia acampei. “Seu” Manezinho dos cem anos me contou uma lenda da Carimbamba, que toda lua cheia a meia noite ele o Bacurau aparecia para cantar. É nessa hora que senti o tempo parar, a cascata emudecer e as estrelas pararem de brilhar. Naquele silêncio calmo, eis que incrivelmente trepado na Peroba-Rosa o vi pulando no galho seco sem cair e a me olhar. Ali no seu habitat só ele reinava acima do bem e do mal. Tunico Tornado um dia me disse que era uma ave de rapina, parecido com a coruja e costuma hipnotizar Escoteiros quando começa a cantar. Voei até o passado que não esqueço e me lembrei de Rael que me contou conhecer aquele canto sem nunca tê-lo visto cantar. Meu amigo ele disse, dizem que é um Curupira e que muitos por anos e anos não dormiram quando escutava aquele som, de tanto medo que sentia... Mas eu beato das crenças escoteiras, embalado pela musica dormi tanto que custei a acordar! E naquela noite juro por Deus que ninguém Morreu!

Uma ótima noite para todos!

sábado, 2 de maio de 2020

Em volta da fogueira... “Adios” Francisco.




Em volta da fogueira...
“Adios” Francisco.

... – São dezenas ou centenas de causos da perda da sede, de assaltos e cada Grupo Escoteiro que perdeu tudo, perdeu seu lar, sua barraca onde moravam os sonhos de badenianos que amavam sua associação. Desistir nunca... Recomeçar sim... A vida destes jovens que dependem de um lugar ao sol nem sempre é entendida pelos donos do poder. O que aconselhar? A quem recorrer? Quem sabe o sonho de não desistir, a força de vontade, aos braços fortes, as pisadas firmes de que sabe que tudo tem um recomeço.

                     As areias viajam nas asas do vento... Ele via sua vida se acabando na ampulheta do tempo... Seu mundo se esmoronava. Seriam poucos meses ou quem sabe algumas semanas para manter a chama da vida acesa. Doutora Sissi com olhos tristes dizia para ele: Não tem volta Antônio. Tentei tudo, mas o câncer não perdoa. - Doença cruel que o fazia morrer devagar e sofrido. A quimioterapia era um suplicio. Cada sessão pedia a Deus que o levasse. Não estava aguentando mais. Chegou a pensar em tirar a vida antes de Morrer do Diretor Ângelo. Foi apenas um momento de raiva que logo esqueceu.

Quarenta anos de escotismo, o último dos fundadores, de lobinho a diretor e ver tudo se acabar por causa de um Diretor hipócrita do Colégio onde tinham a sede. Ele decidiu sem consultar ninguém retomar o terreno da sede escoteira. Lembrou-se da festividade, do prefeito e tantas autoridades na entrega do documento na praça solene e que agora não valia mais. Tudo fora mentira? Não valeu colocar tijolo após tijolo para fazer a construção? Quanto sangue derramado? Quanto suor e lágrima para conseguir um tijolo, uma telha, uma porta e tudo agora perdido?

E seus direitos? Eram mais de cem crianças e adultos que todos os sábados levavam a bandeira aos céus. Pátria! Não reconheces isto? - O advogado Jamil que nunca foi escoteiro disse que não havia mais o que fazer. Trinta dias Chefe, se não saírem teremos policia e delegados a porta. A lei era clara. Deu sua vida, deu seu amor, viveu ali fazendo tudo pela cidade e agora não havia retribuição. Prefeito, vereadores se curvavam ao novo Diretor Nomeado da FATEC uma entidade governamental. Para onde iriam? Como continuar?

Todas as tardes ele sentava no banco da estação onde se fez tantas alegrias e felicidade e agora abandonada de cabeça baixa chorava. Não pela sua morte próxima, isto não era importante, o importante era aonde todos iriam. Procurava uma solução e não encontrava. Mesmo espiritualista maldizia o Diretor que nunca foi Escoteiro e não queria entender os benefícios de uma educação extraescolar. Prefiro morrer antes... Pensou. Não dá para assistir esta derrocada final. Lucy o abraçou. Chorou com ele as dores da perda e baixinho dizia: - Marido, agora pense em você, pense em se curar.

Duas semanas se passaram e ele foi levado ao hospital. Escoteiros e chefes acorreram ao local. Eis que extenuado chega o Presidente. Chefe Paulo sorria: - Graças a Deus! O decreto do Professor foi anulado. Uma petição entregue ao Ministério da Educação que ninguém sabe quem enviou foi aprovada. Agora somos proprietários com escritura lavrada! Uma palma estrondosa ecoou na porta do hospital. Na UTI Francisco agonizante sorria. A luta se encerrava. Valeu enviar aquela petição. Agora poderia morrer em paz!

E morreu com um sorriso, com glorias de escoteiro vencedor. Olhou para a terra quando subia para o paraíso. Sabia que deixava saudades, mas ele estava feliz. Jogou um beijo no vento e pediu que o levasse até sua querida Lucy. Foi uma luta incessante, mas sempre soube que nunca esteve só. Além dos irmãos escoteiros da terra ele teve mil anjos ao seu lado o ajudando para a vitória. O céu o recebeu com honras e junto aos novos amigos no espaço ele voltou a sorrir!

Era uma vez... Em uma montanha bem perto do céu...

Bem vindo ao Blog As mais lindas historias escoteiras. Centenas delas, histórias, contos lendas que você ainda não conhecia....