domingo, 24 de novembro de 2019

Totonho Moreno... Apenas um simples Chefe Escoteiro.




Totonho Moreno...
Apenas um simples Chefe Escoteiro.

Dezembro bate levemente a minha porta. Mês de festas de abraços de alegria e uma foguetama que não tem tamanho. Pobre dos “cachorritos” ouvido aberto, como deve doer... Mas não estou aqui para falar deles, sei que merecem muito amor e consideração, são mais amigos que muitos que andam de duas patas e com sorrisos que a gente nem sabe o que significa... E soltando foguetes! Foi no dia primeiro de dezembro, no ano de 1998 que recebi um telegrama de João Donato: - Chefe Vado, má noticia, Totonho Moreno morreu! Sabe Chefe, de “morte morrida”, logo ele que sempre dizia que iria morrer de “morte matada”. Mais um que se foi. Tinha por ele enorme consideração. Totonho Moreno parecia estar sempre sorrindo. Quem o conheceu dizia que tinha alma de pastor, espírito de padre e bondade dos anjos do Senhor. Foi lobinho, escoteiro, sênior e pioneiro. Carroceiro na cidade não houve unanimidade em convidá-lo para Chefe ou Assistente. Não reclamou. No Bairro Candangolãndia onde morava era amado por todos. Manfrido Valete uma espécie de presidente do bairro o convidou para fazer uma tropa de escoteiros. – Totonho, tem meu apoio e da população do bairro. Sei que no seu grupo acham você iletrado, afinal ser carroceiro não desmerece ninguém. O tempo passou. Sua tropa foi registrada na União dos Escoteiros do Brasil. Nunca foi convidado para cursos, nunca recebeu medalha e nem um aperto de mão de grandões do escotismo no seu estado e distrito. Totonho Moreno nunca reclamou. Amava seus meninos de ontem e de hoje. Muitos viraram doutores e sempre voltavam na tropa para abraçar Totonho Moreno. O conheci em uma Indaba Regional quando fui comissário. Chamou-me a atenção pela brandura, pela delicadeza e pelo sorriso. – Porque sorri assim Totonho? Chefe Vado, todo mundo tem uma meta, o meu é de tirar um sorriso seu! Danado de Totonho. Levei para ele pessoalmente uma medalha de Bons serviços ouro e uma de gratidão. Ele chorou. O tempo passou, mudei de ares, nunca mais ouvi falar de Totonho Moreno. Hoje me lembrei dele, tantos aqui com medalhas, com Insígnias, com cargos e com óculos escuros na frente da escoteirada... E ele só sabia dar o seu sorriso!  Nada contra. Tempos modernos. Olhe Totonho Moreno, para lembrar-se de você deve ter estado aqui e sorrindo me fazendo sorrir. Saudades de você! Meu fraterno abraço e meu cumprimento em posição de sentido.  Anrê Totonho e meu sincero Sempre Alerta!

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