sábado, 29 de fevereiro de 2020

Uma fogueira... Em uma clareira!




Uma fogueira... Em uma clareira!

... - Pedaços de lembranças, pedaços de saudades dos tempos que não voltam mais. Em volta de uma fogueira, em uma clareira, meninos e chefes escoteiros olhando seu passado e pensando como chegou até o presente, imagina se é esta posição que imagina estar... Às vezes dar um passo atrás e depois mover-se dois para frente pode ser o caminho a seguir. Pode não apresentar uma diferença de rota, mas sim uma reafirmação do percurso... De sua vida, de seu sonho!

                    Chefe desculpe... Sei que devemos ser exemplos, mostrar força, agir como educador. Mas Chefe, minha força de um Escoteiro saudável não é mais aquela do passado. Aquele “Eu vou fazer” eu “vou enfrentar” são sombras de uma lembrança que vão ficando para trás. A memória vez ou outra parece estar brincando de esconde-esconde. Eu tento a minha maneira de Lobinho e de escoteiro o que aprendi sorrindo e me esquecendo de chorar. Afinal Chefe não dizem que tentar levar a vida a sério não tem a menor graça? Rael meu monitor Sênior vivia a dizer para mim: Meu amigo e irmão escoteiro valorize cada momento como se fosse o mais especial da sua vida. Afasta o que te machuca. Reaproxima o que te faz bem. Saudades dele também Chefe. Foi um Monitor e amigo que nunca mais esqueci.

                   Vou fazer agora o que nunca fui bom em fazer. Repousar e deixar a vida passar. Preciso de férias do abecedário. Está difícil continuar. A mente não é mais aquela que dava um salto e do nada aparecia uma trilha para descobrir um bom lugar para acampar. Dizem para mim Chefe que eu sou novo e  tenho ainda muita estrada para percorrer. Sinceramente não sei... Como dizia Zé do Monte um amigo Pioneiro, alma mole, vida dura... Tanto bate até que cura. Sabe Chefe, vou dormir, desculpa tá! Reclamações entre Velhos escoteiros não são boas pedidas. Sei que vai me dizer com a bondade de sempre que nunca perca a esperança. Aceito Chefe. A gente não sabe o que o amanhã vai nos trazer.

                   Levantou-se do banco de madeira que fez, esfregou as mãos no calor do fogo, olhou sorrindo para mim e disse: Sempre Alerta Chefe. Obrigado por tudo. Vou dormir e tenho certeza que amanhã é outro dia. Como foi o que o poeta disse Chefe? – “Mesmo se eu soubesse que amanhã o mundo se partiria em pedaços, eu ainda plantaria a minha macieira”.

                   Saiu cantando a “Bela Polenta” rumo a sua barraca que mesmo tendo anos nas costas de escotismo, armou em cima de um pé de macieira!
                    

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Era uma vez... Em uma montanha bem perto do céu...

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