segunda-feira, 6 de maio de 2019

Lendas da Jângal. O Lobinho João e o pé de feijão. (Baseado em uma fábula dos irmãos Grimm).




Lendas da Jângal.
O Lobinho João e o pé de feijão.
(Baseado em uma fábula dos irmãos Grimm).

Prólogo: - E foi então que livre do perigo João abraçou sua mãe alegremente. E, depois daqueles dias os dois passaram a viver tranquilos. Tempos depois, quando João se tornou um homem forte e bonito, se casou com uma princesa com quem viveu feliz por muitos e muitos anos. Quanto ao pé de feijão, depois de cortado, secou completamente e, como não havia mais sementes nunca mais nasceu outro igual. Divirta-se com esta fábula muito conhecida.

                  A Akelá Anita quase não aguentava mais ficar acordada. Foi um dia cansativo e ela sozinha com dezoito lobinhos e lobinhas em um acantonamento só queria dormir. O relógio marcava oito da noite. Ela sabia que eles não iriam dormir tão cedo. No programa havia um jogo noturno e depois cama. Será? Estava sozinha. Norma e José seus assistentes na última hora não puderam comparecer. Eram casados e na última hora ficaram sabendo que a mãe de Norma passava muito mal e iria para o hospital. Cancelar o Acantonamento? Ele sabia que não. A preparação foi grande. Tinha a ajuda de Dona Ana à cozinha e só.

                 Sentaram-se na varanda e serelepes os lobos brincavam nas mais diversas invenções que só as crianças pequenas sabem fazer. Ela queria dormir, daria tudo por uma cama. – Akelá! Akelá, acorde! Ela sonolenta viu que era Tati da Matilha Marrom. – Que foi? Perguntou. – Conte uma história! – Ela sorriu. Contar histórias não era seu forte, mas viu muitos lobinhos se aproximando e gritando: - Conta, Conta! – Não tinha jeito. Não havia nenhuma história preparada para contar. Ela não tinha o dom de tirar do baú uma história e fazer dela uma bela forma de aprendizado para os lobos da alcateia. – Fechou os olhos e parecia que alguém ajudava a desenvolver a historia e ela começou:

- Era uma vez, numa pequena cidade bem longe daqui, tinha um Lobinho chamado João. Ele vivia com sua mãe, pobre viúva em um casebre bem longe da cidade. – Ela viu que os lobos sentaram em volta dela prestando muita atenção e ela continuou: - Um dia sua mãe disse a ele: - Joãozinho acabou a comida e o dinheiro. Vá até a cidade leve a Mimosa nossa vaquinha o único bem que nos resta, venda pelo melhor preço e compre alguma coisa para a gente comer. João ficou muito triste. Ele amava a Mimosa e pensou que ficar sem ela seria muito ruim para ele. Ele sabia que não tinha nada para fazer o almoço e chorando baixinho pegou a vaquinha e foi para a cidade para vender e comprar comida.

- No caminho encontrou um homem que ele não conhecia, mas bom de conversa e o convenceu a trocar a vaquinha por sementes de feijão. O homem educadamente disse para ele: - Leve estas sementes. São mágicas. Com elas vocês nunca mais passarão fome! – João Acreditou e com as sementes de feijão voltou para casa. Quando sua mãe soube ficou furiosa. Mesmo assim jogou tudo pela janela. João triste foi para seu quintal ouvir o canto dos pardais que ele gostava muito. Foi então que notou uma enorme árvore que ia até o céu. Não chamou sua mãe e decidiu subir pelo pé de feijão até chegar nas nuvens.

- João era um lobinho esperto e pensou que poderia encontrar lá em cima um pote de ouro que os arco íris possuem. No topo João ficou maravilhado ao encontrar um castelo nas nuvens e foi vê-lo de perto. Não viu uma enorme mulher surgir de dentro do castelo e agarrá-lo. – O que faz aqui menino? Será o meu escavo. Olhe cuidado não deixe o gigante saber se não ele vai comê-lo. Vou esconder você. – O gigante chegou fazendo muito barulho. A mulher o escondeu em um armário. – O gigante rugiu: - Sinto cheiro de criança! E farejou todos os cantos do castelo tentando achar. A mulher falou para ele: Gigante, este é o cheiro da comida que irei servir. Sente-se a mesa meu senhor!

- O gigante comeu o saboroso alimento. Depois ordenou a uma galinha prisioneira que pusesse um ovo de ouro e disse a uma harpa que tocasse uma melodia. O gigante adormeceu logo. João se sentindo protegido com o sono do gigante saiu de onde estava rapidamente pegou a galinha que cacarejou e a harpa fez um som estridente. O Gigante despertou. João correu com a galinha embaixo do braça e a harpa na outra mão.  O gigante correu atrás dele. João chegou primeiro ao tronco do pé de feijão e deslizou pelos ramos. Quando estava chegando ao chão gritou para sua mãe que o esperava: Mamãe vá buscar o machado, tem um gigante atrás de mim! João cortou o tronco que caiu com um estrondo. Foi o fim do Gigante.

- Todas as manhãs a galinha põe ovos de ouro e a harpa toca para João e sua mãe, que viveram felizes para sempre e nunca mais sentiram fome.

                      A Akela olhou para os lobos, agora desperta e disse: - Lobinhos como moral da história devemos acreditar que sempre nossos sonhos podem resolver nossos problemas se tivermos vontade de fazê-los realizar. João acreditou e mesmo fazendo tudo ao contrário hoje eles tem renda e não passam mais fome. Mas cuidado toda história são histórias. Não vão vocês subir em pé de feijão que aparecer na frente, podem se dar mal!
- A Alcateia caiu na gargalhada e todos foram dormir para alívio da Akela!

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Era uma vez... Em uma montanha bem perto do céu...

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