Contos de
Natal.
Pedro o
Pescador.
Prologo: – Esta é a
História de Pedro o Pescador. Uma história simples, emotiva e espero que
gostem. Tem histórias que marcam, tem histórias que passam. Como disse o
filósofo: - É preciso saber ouvir a historia para saber contar a história.
Abraços fraternos.
- Ele não esperava. A menina era linda e o
beijou no rosto. Era uma escoteira e sorria para ele. Ele tentou sorrir, mas
viu muitas pessoas se aproximando o chamando de pedófilo e tantas coisas mais.
Tentou correr e não conseguiu. Uma fome incrível e a fraqueza enorme. Dois dias
sem comer a não ser dois pães velhos encontrados no lixo. Ninguém o ajudava,
não havia bons samaritanos para lhe dar uma refeição. Bateram nele sem dó e nem
piedade. Eram muitos. Levou socos por todo corpo e no rosto.
- Um jovem tinha um bastão na
mão e ele perdeu os sentidos. Ouvia a menina gritando que não era o que
pensavam, era apenas um jogo. As outras Escoteiras podiam afirmar. Ninguém prestava
atenção. Afinal era um homem asqueroso, barbudo, fedia e nem documentos tinha.
Acordou em uma cama de hospital preso por uma algema a cama de aço. Ao lado um
policial o olhava com asco. Começou a lembrar de quem era. Lembrou que saiu
para pescar em seu barco e uma borrasca o jogou ao mar. Sabia nadar. Nadou
tanto que nem se lembrava mais o que aconteceu.
- Debora não se conformava. Ela e Raquel
choravam o dia inteiro. Ele não teve culpa a culpa fora delas achando que
podiam brincar e ficar por isto mesmo. Tentou convencer a Chefe Rebeca para
ajudar, mas era natal, ela ia viajar para a casa de seus pais. O Chefe Batuel
fora para a praia. Tentou sua mãe e a mãe de Raquel e nada. Elas sabiam que
deixar aquele pobre homem preso e todo machucado seria demais. Afinal eram
Escoteiras, sempre fizeram uma boa ação, levavam a sério a lei e a promessa.
- Chamaram a patrulha. A
Tropa se reuniu. Foram para a porta da delegacia. Ele ainda estava no hospital.
Foram para lá. Ninguém as deixou entrar. O Doutor Efraim se apiedou. Ouviu a
história. Levou Debora e Raquel ao quarto do homem preso. Elas se ajoelharam e
pediram perdão. Pedro lembrou de seu nome. O chamavam de Pedro o Pescador. Da
Aldeia de Nazaré. Lembrou-se de Ezra sua esposa, chorou quando viu na sua mente
Ioná e Jane suas lindas filhas. Sentou na cama do hospital e beijou as mãos das
duas Escoteiras. O Policial tentou intervir, mas o Doutor Efraim o proibiu.
- Pedro começou a lembrar de
sua vida de sua Aldeia de Nazaré. Era noite de natal e sua família devia estar
na Capela a celebrar a chegada do filho de Deus. Sabia que seus amigos deviam
estar rezando por ele. Ezra sua esposa apareceu em sua mente. Linda, a mulher
que ele escolhera para viver por toda a vida. Deve estar sofrendo com sua
falta.
Perguntou a Deus porque tudo
isto. Afinal era feliz, pescava, os peixes davam seu sustento. Pobres sim, mas
ele Ezra e suas filhas tinham tudo que queriam ter. Uma casinha a beira mar, um
barco simples, feito com suas mãos. Nunca pensou em sair dali. Amava todos,
amava sua família, amava seus amigos e sua aldeia.
Uma multidão de escoteiros e
Escoteiras se aglomeravam em frente ao hospital. Eram seis da tarde do dia 24
de dezembro. O delegado chegou. Não podia soltá-lo. – Pedro, disse o delegado,
vou soltar você, mas não pode ficar aqui. Vou pedir que uma viatura o leve até
sua aldeia. Não me apareça aqui por uns bons tempos. Sua foto saiu no jornal e
na TV se souberem que você está solto podem matá-lo. Mesmo sendo 24 de dezembro
Debora convenceu seu pai a levá-lo no lugar da viatura policial. Pai a culpa é
minha! Jerusa sua mãe se convenceu. Eu também vou.
Partiram rumo a Aldeia de
Nazaré. Chegaram por volta das onze da noite. A aldeia dormia. Ouviram um órgão
tocando. Vinha da capela cheia de fieis. Pedro o Pescador entrou. Um silencio
profundo. Uma voz cortante no fundo da capela se ouviu – Pedro! É Você? Jesus
amado. Você está vivo! – Ezra Ioná e Jane correram para abraçá-lo. A alegria
estampou nos rostos dos que estavam naquela capela humilde da cidade Nazaré.
Debora chorava de alegria,
abraçou seus pais. – Missão cumprida papai. Ela também chorava... De alegria
pela boa ação. Sempre Alerta! E como lembrou o poeta, o milagre não é dar vida
ao corpo extinto, ou luz ao cego, ou eloquência ao mudo... Nem mudar água pura
em vinho tinto... Milagre é acreditarem nisso tudo!
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