quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Contos de Natal. Pedro o Pescador.



Contos de Natal.
Pedro o Pescador.

Prologo: – Esta é a História de Pedro o Pescador. Uma história simples, emotiva e espero que gostem. Tem histórias que marcam, tem histórias que passam. Como disse o filósofo: - É preciso saber ouvir a historia para saber contar a história. Abraços fraternos.

                  - Ele não esperava. A menina era linda e o beijou no rosto. Era uma escoteira e sorria para ele. Ele tentou sorrir, mas viu muitas pessoas se aproximando o chamando de pedófilo e tantas coisas mais. Tentou correr e não conseguiu. Uma fome incrível e a fraqueza enorme. Dois dias sem comer a não ser dois pães velhos encontrados no lixo. Ninguém o ajudava, não havia bons samaritanos para lhe dar uma refeição. Bateram nele sem dó e nem piedade. Eram muitos. Levou socos por todo corpo e no rosto.

                 - Um jovem tinha um bastão na mão e ele perdeu os sentidos. Ouvia a menina gritando que não era o que pensavam, era apenas um jogo. As outras Escoteiras podiam afirmar. Ninguém prestava atenção. Afinal era um homem asqueroso, barbudo, fedia e nem documentos tinha. Acordou em uma cama de hospital preso por uma algema a cama de aço. Ao lado um policial o olhava com asco. Começou a lembrar de quem era. Lembrou que saiu para pescar em seu barco e uma borrasca o jogou ao mar. Sabia nadar. Nadou tanto que nem se lembrava mais o que aconteceu.

                  - Debora não se conformava. Ela e Raquel choravam o dia inteiro. Ele não teve culpa a culpa fora delas achando que podiam brincar e ficar por isto mesmo. Tentou convencer a Chefe Rebeca para ajudar, mas era natal, ela ia viajar para a casa de seus pais. O Chefe Batuel fora para a praia. Tentou sua mãe e a mãe de Raquel e nada. Elas sabiam que deixar aquele pobre homem preso e todo machucado seria demais. Afinal eram Escoteiras, sempre fizeram uma boa ação, levavam a sério a lei e a promessa.

                  - Chamaram a patrulha. A Tropa se reuniu. Foram para a porta da delegacia. Ele ainda estava no hospital. Foram para lá. Ninguém as deixou entrar. O Doutor Efraim se apiedou. Ouviu a história. Levou Debora e Raquel ao quarto do homem preso. Elas se ajoelharam e pediram perdão. Pedro lembrou de seu nome. O chamavam de Pedro o Pescador. Da Aldeia de Nazaré. Lembrou-se de Ezra sua esposa, chorou quando viu na sua mente Ioná e Jane suas lindas filhas. Sentou na cama do hospital e beijou as mãos das duas Escoteiras. O Policial tentou intervir, mas o Doutor Efraim o proibiu.

                  - Pedro começou a lembrar de sua vida de sua Aldeia de Nazaré. Era noite de natal e sua família devia estar na Capela a celebrar a chegada do filho de Deus. Sabia que seus amigos deviam estar rezando por ele. Ezra sua esposa apareceu em sua mente. Linda, a mulher que ele escolhera para viver por toda a vida. Deve estar sofrendo com sua falta.

                  Perguntou a Deus porque tudo isto. Afinal era feliz, pescava, os peixes davam seu sustento. Pobres sim, mas ele Ezra e suas filhas tinham tudo que queriam ter. Uma casinha a beira mar, um barco simples, feito com suas mãos. Nunca pensou em sair dali. Amava todos, amava sua família, amava seus amigos e sua aldeia. 

                  Uma multidão de escoteiros e Escoteiras se aglomeravam em frente ao hospital. Eram seis da tarde do dia 24 de dezembro. O delegado chegou. Não podia soltá-lo. – Pedro, disse o delegado, vou soltar você, mas não pode ficar aqui. Vou pedir que uma viatura o leve até sua aldeia. Não me apareça aqui por uns bons tempos. Sua foto saiu no jornal e na TV se souberem que você está solto podem matá-lo. Mesmo sendo 24 de dezembro Debora convenceu seu pai a levá-lo no lugar da viatura policial. Pai a culpa é minha! Jerusa sua mãe se convenceu. Eu também vou.

                Partiram rumo a Aldeia de Nazaré. Chegaram por volta das onze da noite. A aldeia dormia. Ouviram um órgão tocando. Vinha da capela cheia de fieis. Pedro o Pescador entrou. Um silencio profundo. Uma voz cortante no fundo da capela se ouviu – Pedro! É Você? Jesus amado. Você está vivo! – Ezra Ioná e Jane correram para abraçá-lo. A alegria estampou nos rostos dos que estavam naquela capela humilde da cidade Nazaré.

                 Debora chorava de alegria, abraçou seus pais. – Missão cumprida papai. Ela também chorava... De alegria pela boa ação. Sempre Alerta! E como lembrou o poeta, o milagre não é dar vida ao corpo extinto, ou luz ao cego, ou eloquência ao mudo... Nem mudar água pura em vinho tinto... Milagre é acreditarem nisso tudo!

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Era uma vez... Em uma montanha bem perto do céu...

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